Marcelo Nova
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Banquete de Lixo

Marcelo Nova


Às três horas da manhã numa cidade
Tão estranha
Um palhaço teve a manha de um banquete
Apresentar
E era um latão de lixo transbordando
N York catchup e caviar
Eu dormindo embriagado um par de coxas do
Meu lado e eu sem saber se devia ou não tocar
Se era estrangeira mãe esposa ou outra.
Besteira que eu inventei de aprontar
O hoje é apenas um furo no futuro
Por onde o passado começa a jorrar
E aqui isolado onde nada é perdoado
Vi o fim chamando o princípio pra poderem se encontrar
Fui levado na marra pois enfermeiro quando
Agarra é que nem ordem de prisão
A ambulância me esperava e aí o que
Rolava internamento e injeção
E lá em Serra Pelada, ouro no meio do
Nada. Dor de barriga desgraça resolveu
Me atacar
O show estava começando e eu no escuro
Me apertando e autografando sem parar
O hoje é apenas um furo no futuro
Por onde o passado começa a jorrar
E aqui isolado onde nada é perdoado
Vi o fim chamando o princípio pra poderem se encontrar
Muitas mulheres eu amei e com tantas
Me casei
Mas agora é Raul Seixas que Raul
Vai encarar
Nem todo bem que conquistei, nem todo
Mal que eu causei, me dão direito de
Poder lhe ensinar
Meu amigo Marceleza já me disse com
Certeza
Não sou nenhum ficção
E assim torto e de verdade com
Amor e com maldade, um abraço e
Até uma vez
O hoje é apenas um furo no futuro
Por onde o passado começa a jorrar
E aqui isolado onde nada é perdoado
Vi o fim chamando o princípio pra poderem se encontrar

Compositores: Marcelo Drumond Nova (Marcelo Nova), Raul Santos Seixas (Raul Seixas)
ECAD: Obra #10135

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