Marco Brasil
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Amigo Descarado

Marco Brasil


Eu não devia ter emprestado meu carro
Para sujar todo de barro e ficar todo amassado
É o que dá emprestar um carro novo
Fino, igual casca de ovo, a um amigo descarado

Pegou meu carro e por aí foi esnobar
Bateu e pra não pagar diz que a lei é incorreta
O sem vergonha rachou meu carro no meio
Botou a culpa no freio, tirando o dele da reta

Ah! Ele vai ter que me pagar
Paga ou entra no porrete
Só de ver o negão que vai cobrar
Dá pra ele imaginar o tamanho do cacete

O safado encheu a cara de cachaça
Foi dar volta lá na praça, dirigindo só de cueca
No meu carrão dando uma de importante
Com uma mão no volante e outra na perereca

Tinha mulher até em cima do motor
No embalo do licor, dançando samba e xaxado
E de repente foi aquela cacetada
Que espalhou a mulherada por tudo quanto foi lado

Ah! Ele vai ter que me pagar
Paga ou entra no porrete
Só de ver o negão que vai cobrar
Dá pra ele imaginar o tamanho do cacete

Compositores: Aldair Teodoro da Silva (Teodoro), Jose Dercidio dos Santos (Praense), Jose Feliciano de Faria (Pinhalao)
ECAD: Obra #269002 Fonograma #794807

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