Numa festa de peão que eu fui, vi um caso muito interessante Chegou um moço na hora da festa, de um lugar não muito distante
Pelo carro que ele conduzia, só podia ser gente importante Não pensei que fosse o rei do laço que chegava naquele instante
E ouvindo o som do rodeio, anunciando para os visitantes Que o peão que laçasse na raça, ganharia o prêmio e a taça E ser rei do laço já era bastante
O tal moço com jeito educado, lentamente desceu da geral Foi pedir uma oportunidade, pra laçar o bravil animal Foi dizendo para a pionada se não pode também não faz mal
Neste instante respondeu ao homem, sou repórter de um grande jornal Minhas palavras de jornalista, talvez seja a lição de moral Você não deve entrar nesta luta, porque é uma grande disputa
Também é somente pra profissional O festeiro ouviu a conversa, foi chegando com um laço na mão E dizendo para o visitante, se insiste não faço questão Mas também não serei responsável, se tiver uma decepção
E o moço quando entrou na arena, foi vaiado pela multidão Nesse instante escapou um mestiço, foi momento de grande emoção Com o pé ele jogou o laço, e laçando sem usar os braços Deixando a platéia de cara no chão Ali Silva falou pro festeiro, não pretendo lhe aborrecer
Mas o prêmio que recebo agora ao senhor eu quero devolver Com o laço no pé consegui, mais de 500 taças vencer Em virtude da recepção, um convite quero lhe fazer
Moro na região de Rio Preto, se melhor quiser me conhecer Vá a minha fazenda em Cardoso, saborear um churrasco gostoso E cantar de viola até amanhecer
Compositores: Aldair Teodoro da Silva (Teodoro), Marli Rubin de Oliveira ECAD: Obra #35965 Fonograma #26830