Terra molhada, cheiro fresco, arabesco, muda a germinar
Por ele zela toda estrela que se põe a vir iluminar

Abelha desce, amiga velha e uma centelha a lhe polinizar
O sol se finge de farol num overall ali, desabrochar
Seu bem-te-vi, eu bem te vi, um colibri aqui voou também
No chão de barro, ouço carro e o ronco do motor, parece trem
Alguém que canta, se encarrega de ninar a planta, que é neném
Se tudo é ciclo, me reciclo e volto mais bonito, ano que vem
Em tudo eu acho graça
Mesmo em meio à desgraça
Entendo e rendo graça
Que a vida ainda é de graça