Triste Cena
("Na vida
Mesmo diante de cenas tristes
É preciso prosseguir
Nesta canção falamos de uma boiada
Chegando ao final da estrada
Vale a pena refletir")
Caminhando
Sem querer no corredor
Indo para o matadouro
Eu vi um gado de corte
Pressionado
Pelo ferrão lhes furando
Investindo e refugando
Sentindo o cheiro da morte
Já sem voz
E com os olhos marejando
Eu fiquei me perguntando
Se era certo ou errado
Pois se o homem
A vida não quer deixar
Por que quer sacrificar
Esse animal sagrado
A boiada
Vacas velhas já sem leite
Boi de corte e boi de brete
Tinha até um boi carreiro
Caminhando
Com a cabeça abaixada
Talvez lembrando as estradas
E o saudoso candeeiro
Na pancada
Que levou o boi da frente
Esta cena comovente
Machucou meu coração
Indignado
Perguntei para meu Deus
Por que esses filhos seus
São assim sem compaixão?
Sua resposta
Me deixou aliviado
E lembrou que no passado
Esse fato aconteceu
Para salvar
Essa tal de humanidade
Que na maior crueldade
Seu filho também morreu
A boiada
Vacas velhas já sem leite
Boi de corte e boi de brete
Tinha até um boi carreiro
Caminhando
Com a cabeça abaixada
Talvez lembrando as estradas
E o saudoso candeeiro
Compositor: Adelio da Silva (Delio Silva)
ECAD: Obra #14342788 Fonograma #3354324Ouça estações relacionadas a Marcos Violeiro e Cleiton Torres no Vagalume.FM