Veneno ou remédio? Cuidado ou neurose? Na fatalidade O que manda é a dose. Considere peso, Altura e idade; Se mata ou engorda Depende da quantidade. Estilo de vida, Rotina diária, Se é muito corrida Ou se é sedentária, Talvez tudo isso vá determinar O quanto daquilo Você pode usar.
Podemos ter e ser de tudo moçada, Numa quantidade Respectivamente adequada. Alguns inimigos, Seletos amigos, Ao menos um vício, Ser bom num ofício, Saber aplicar, sem demagogia, Alguma maneira até de hipocrisia. Oportunamente, Nunca ser forçado. Como o mano baiano Já havia ensinado.
Pra que ser bonzinho? Pra que ser do mal? Pra que tão estranho? Pra que tão normal? O bom é ser humano. O bom é ser gente. O bom é estar vivo E ser inteligente. Não muito maluco Nem muito boêmio. Nem muito careta Nem tão abstêmio. Nem muito heróico Nem tão corajoso. Um tantinho covarde, Um tiquinho medroso. Sem muita esperteza, Nem muita vaidade, Talvez um pouquinho, até, De ingenuidade
Um pouco de cinismo, Um pouco de ambição, Um pouco de egoísmo, Um pouco de pretensão, Não farão de você, Sem sombra de engano, Melhor ou pior. Tudo isso é humano. Agora; miséria, Lixo e preconceito São heranças de um sistema Com o pior dos defeitos. Pior que a ganância e a má intenção É o racionamento de informação.
Quero ver um mundo De gente informada Pra fazer escolhas. Mesmo as erradas. Menos religioso, Mais esclarecido. Tudo diferente, Nada proibido.
Quem cobra o que é seu não pede esmola. Quem constrói cadeia, derruba uma escola
A vida é mais leve gostosa e tranqüila Pra quem só viaja sabendo onde pisa Sem muito desprezo Sem muita importância Sem tanta humildade, Sem tanta arrogância... Qual o nível seguro pra essa substancia? A pior das drogas é a ignorância.
Compositor: Marcus Vinicius Barbosa (Marcus Vinile) ECAD: Obra #18944110