Caiçara, pé de chinelo breque Um Gudang no bolso com o naipe de moleque Via, faço vira de camelo, quero mec Vou sair de casa, preciso de uns cheques Andam por ai dizendo que eu sou loc Porque saí na mão e não suporto as paty Pronta pro combate, se liga no meu naipe Tem uns que admira e outros que não engole tô na brisa de Frida e no pique de Einstein Intimidando criativo, vivendo na extremidade Nomearam mainstream o que veio do underground Rotulam a nossa face por prazer e vaidade Agora quer ser parça mas queria um boquete Não, não passarão, clássico como um disquete Parou e tá ouvindo, rap de mina é raridade Meu rap é sinistro, meu instinto é selvagem
Eu vim de lá Eu vim de lá Eu vim de lá Eu vim de lá Eu vim de Santos
Morro da Nova Cintra, canais e avenidas Me fizeram prosperar, todas aquelas histórias todas aquelas fitas Um salve J. Dias, Dj Júlio, Sila Fia Preta rara, en los treze, por pilharem na minha rima Se liga hein, você é o rap liga Um salve pras amigas que são minha aspirina Não esqueci de nada, não esqueci da minha trilha Vocês me deram o soro, e a chave pra saída Quero mudar o mundo, honestidade, disciplina Licença pra chegar, pois mantive a minha crença A instabilidade faz parte da natureza Uma colher de história, temperada com ciência Somei as circunstâncias vezes autoconsciência Filosofei o grave dos fatos e a influência Vi algo sobrenatural, sobrevoando sobre a mesa Sobrevivendo, sobressaia das causas com inteligência Coisas me travaram quando eu era criança Fases e cacos que abalaram a minha dança Foi ai que eu encontrei a flor plantada na corda bamba Enquanto tiver vivo, viva Voa, vontade vitória
Eu vim de lá Eu vim de lá Eu vim de lá Eu vim de Santos