Mariene de Castro
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Conto de Areia

Mariene de Castro

Ser de Luz


É água no mar, é maré cheia ô
Mareia ô, mareia
É água no mar

É água no mar, é maré cheia ô
Mareia ô, mareia
É água no mar

Contam que toda tristeza
Que tem na Bahia
Nasceu de uns olhos morenos
Molhados de mar

Não sei se é conto de areia
Ou se é fantasia
Que a luz da candeia alumia
Pra gente contar

Um dia morena enfeitada
De rosas e rendas
Abriu seu sorriso de moça
E pediu pra dançar

A noite emprestou as estrelas
Bordadas de prata
E as águas de Amaralina
Eram gotas de luar

Era um peito só
Cheio de promessa era só
Era um peito só cheio de promessa

Era um peito só
Cheio de promessa era só
Era um peito só cheio de promessa

Quem foi que mandou
O seu amor
Se fazer de canoeiro
O vento que rola das palmas
Arrasta o veleiro
E leva pro meio das águas
De Iemanjá
E o mestre valente vagueia
Olhando pra areia sem poder chegar
Adeus, amor

Adeus, meu amor
Não me espera
Porque eu já vou me embora
Pro reino que esconde os tesouros
De minha senhora

Desfia colares de conchas
Pra vida passar
E deixa de olhar pros veleiros
Adeus meu amor eu não vou mais voltar

Foi beira mar, foi beira mar que chamou
Foi beira mar ê, foi beira
Era um peito só
Cheio de promessa era só
Era um peito só cheio de promessa

Compositores: Antonio Carlos Nascimento Pinto (Toninho Nascimento), Romildo Souza Bastos (Romildo)
ECAD: Obra #989 Fonograma #2929941

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