Marlene
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Inimigo do Batente

Marlene


Eu não posso mais
A minha vida não é brincadeira
Eu vou me desmilinguindo
Igual a sabão na mão da lavadeira

Se ele chegasse em casa
Ouvia vizinhança toda falando
Só por me ver lá no tanque
Lesco-lesco, lesco-lesco
Me acabando

Só por me ver lá no tanque
Lesco-lesco, lesco-lesco
Me acabando

Se eu lhe arranjo um trabalho
Ele saí de manhã
De tarde pede a conta
Já estou cansada de dar
Murro em faca de ponta

Ele disse pra mim
Que está esperando ser presidente
Tirar patente no sindicato
Dos inimigos do batente

É um moreno forte
Ele é mesmo forte, ele é um atleta
Mas tem um grande defeito
Ele diz que é poeta

Ele disse pra mim
Que está compondo um samba e quer abafar
É de amargar
Eu não posso mais
Eu vou-me embora, vou desguiar

Ai, ai
Eu não posso mais
A minha vida não é brincadeira
Eu vou me desmilinguindo
Igual a sabão na mão da lavadeira

Se ele chegasse em casa
Ouvia vizinhança toda falando
Blá-blá, blá-blá
Só por me ver lá no tanque
Lesco-lesco, lesco-lesco
Me acabando

Só por me ver lá no tanque
Lesco-lesco, lesco-lesco
Me acabando
Só por me ver lá no tanque
Lesco-lesco, lesco-lesco
Me acabando

Compositores: Wilson Baptista de Oliveira (Wilson Batista), Germano Augusto Coelho
ECAD: Obra #1180032 Fonograma #1114968

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