Marlucy e Silmara
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Canarinho Prisioneiro

Marlucy e Silmara


Sou aquele canarinho que cantou em seu terreno
Em frente sua janela eu cantava o dia inteiro
Depois fui pra uma gaiola e me fizeram prisioneiro
Me levaram pra cidade, me trocaram por dinheiro

No porão daquele prédio era onde eu morava
Me insultavam pra cantar mas de tristeza eu nĂŁo cantava
Naquele viver de preso muitas vezes imaginava
Se eu arrombasse essa gaiola, pro meu sertĂŁo eu voltava

Um dia de tardezinha veio a filha do patrĂŁo
Me viu naquela tristeza e comoveu seu coração
Abriu a porta da grade me tirando da prisĂŁo
VĂĄ-se embora canarinho, vĂĄ cantar no seu sertĂŁo

Hoje estou aqui de volta desde a alta madrugada
Anunciando o entardecer e o romper da alvorada
Sobrevoando a floresta e alegrando a minha amada
Bem feliz por ter voltado, pra minha velha morada.

Compositor: Julio Candido Gomes (Ramon Cariz)
ECAD: Obra #258 Fonograma #3956800

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