Ei, patrão, olha só quem vem ali O hippie da cidade não quis ir embora não Não dá pra acreditar que ele ainda está de pé E caminhando em nossa direção
Foi muita coragem ter aparecido aqui Decerto a nossa lingua não entende muito bem Sempre que dissermos saia é pra sair Mas se quiser ficar, pois bem
[Refrão] A discussão é natural em qualquer desentendimento E tudo é só questão de opinião Exatamente como eu estava lhe dizendo Maldito hippie sujo Quero que vá embora Saia já daqui
Ei patrão, não sei mais o que fazer Quanto mais eu bato nele mais ainda ri de mim Tá lá desde ontem pendurado pelas mãos E nem parece achar ruim
Ei, seu hippie imundo, o que há de errado com você? Querendo esculhambar com a tradição do nosso povo Pega o marcador de gado lá pra gente ver Se ele vai aparecer aqui de novo
[Refrão]
Ei, patrão, não sei como lhe dizer Mas eu vi mais 40 deles vindo pelo rio Sei que lá no alto da estrada tinha uns cem E ali pro pasto mais de mil
E o hippie se levanta e diz "Agora é minha vez" Quero que vocês porcos ouçam muito bem É bom que amem mesmo a terra de vocês Pois daqui não vai sair ninguém
Em pouco menos de uma hora já estavam todos mortos Todos espalhados pelo chão De tudo isso resta o ódio como herança Nada de esperança Só mais uma historia e que não acaba aqui.
Compositor: Marco Andre Alvares Donida (Donida) ECAD: Obra #1101836 Fonograma #1631310