Vou fazer o meu ranchinho na beira do rio só pra mim pescá Pra fugir do baruião da cidade grande pra não istressá Lá eu fico amoitado jogo um farelinho pra cevar o poço Até esqueço que no banco eu tô atolado até o pescoço
Ai como é difícil a vida do pescador de noite ele enrosca o anzor na gaiada da taboca De dia ele queima no sor dando banho na minhoca
Levanto de madrugada pego a minha enxada e começo a cavá Mais é pra ranca minhoca pra fisgar uns bagres pra nóis armoçá Depois ranco umas mandiocas e jogo na água prelas istragá Pra cevar peixe graúdo eu faço de tudo pra não trabaiá
Ai como é difícil a vida do pescador de noite ele enrosca o anzor na gaiada da taboca De dia ele queima no sor dando banho na minhoca
Vou chamar o Anizião um cabocro bão pra tarrafiá Ele da uma tarrafiada que precisa quatro pra poder puxá Dias desses lá no córgo ele apichou a sua tarrafinha Pegou cinco jiripoca uma onça parda e dezoito galinha
Ai como é difícil a vida do pescador de noite ele enrosca o anzor na gaiada da taboca De dia ele queima no sor dando banho na minhoca
Tudo aqui no meu ranchinho é bem simpresinho eu falar pro ceis É um farturão danado nóis pega dourado e sorta tra veiz A pexaiana miúda nóis tem uma vara que é pra compará Se não der um metro e meio nóis sorta o bichinho preles miorá
Ai como é difícil a vida do pescador de noite ele enrosca o anzor na gaiada da taboca De dia ele queima no sor dando banho na minhoca
Quando vai escurecendo nóis vorta pro rancho é hora de jantá Um arroz com cambuquira um franguinho caipira que é pra variá Depois nóis ferra no truco joga umas partidas que é pra relaxá Ai nóis vai dormir tranqüilo pra no outro dia nóis vorta pescá.
Compositor:Publicado em 2006 (20/Mai) e lançado em 2004 (10/Nov)ECAD verificado fonograma #1052450 em 14/Abr/2024 com dados da UBEM