Enlace o meu silêncio E valse a valsa avessa Que te fiz em pranto.
É valsa em si contrária. Só pisando em falso Se pressente o chão.
A música ilusória Quase te atravessa Sem você dar conta.
E tanta antimatéria Sem querer se apossa Do seu coração.
Esqueça o tempo então E valse um sentimento Por dentro a valsa esquece o som Extemporânea Imaginária Etérea como o amor Até quem sabe o Grande Amor! Amor que vem na valsa Mas que só se confessa Quando a valsa cessa Amor.
Abrace o precipício E valse a valsa imersa Num silêncio insano.
É valsa involuntária mansa em seu ofício de soar em vão.
Canção desnecessária Quase sempre acessa Seu fundo oceano.
Se você perde o senso Nasce na memória Súbito salão.
Esqueça o tempo então E valse um sentimento Por dentro a valsa esquece o som Extemporânea Imaginária Etérea como o amor Até quem sabe o Grande Amor! Amor que vem na valsa Mas que só se confessa Quando a valsa cessa Amor.
A sorte está lançada A valsa está cansada Logo vai cessar.
No próximo compasso Vai sumir no espaço Vai se dissipar!
Enlace o universo E valse a valsa imensa Que te fiz sonhando.
Por mais que não pareça nessa valsa avessa Pulsa um coração.
Compositores: Carlos Althier de Souza Lemos Escobar (Guinga), Mauro Martins de Aguiar (Mou Aguiar) ECAD: Obra #1060508