É a hora da onça beber água A hora da força na guinada A hora de quem mais nada espera A hora da fera capturada Beber um açude na golada A hora que o tempo dá uma nó
É um nó na fronteira da fratura A hora da mão precipitada Que arranca uma fruta proibida E leva uma bruta descompostura Por bulir na árvore da vida Mas pega a verdade e põe à nu.
Presta atenção... Muita atenção...
Que a hora é essa não dá pra fiar conversa Quem estiver com pouca pressa nem queira me acompanhar Eu já disse a hora é boa, não dá pra ficar à toa Quanto mais o tempo voa mais eu quero decolar. É! Luz de corisco, golpe de vento, navalha Meu cavalo de batalha só me impele a batalhar, pois é! Tempo parado é tempo que deteriora Meu senhor, minha senhora, posso agora lhe provar:
Se um pequeno caga-fogo desfazendo o breu da grota Acha de mudar de rota e vai luzir noutro lugar Macaréu mais pororoca pode haver no Atacama Basta Deus fazer a cama pro capeta se deitar lá...
( baixo)
Hora do sim Hora da guinada Hora que o não para e se distrai. Hora de quem dá nó em queda d´água Hora do vem que agora a coisa vai.
A alma repentina descortina um mais além A luz da lamparina ilumina o mar também.
2X - (de) é a hora da onça.... ( até) ... Se um pequeno caga-fogo desfazendo o breu da grota Acha de mudar de rota e vai luzir noutro lugar Olha pra cá... O tempo vira se um rompante dá no coração do Exu!