Esses dois olhos tristes Que a terra há de comer Viram uma grande injustiça acontecer Calaram a voz do nosso amor
Nosso amor foi o grande amor o mais desejado e celebrado amor quanto amor,tanto amor( nunca se viu assim) inundava de alegrias cidades tristes
Nosso amor era negro Nosso amor era lindo Mais um brasileiro comum Mais um inocente útil
Esses dois olhos tristes Que a terra há de comer Viram uma grande injustiça acontecer Calaram a voz do nosso amor
Mas não se pode bobear Não se pode vacilar Quando tudo vai bem Tudo está no lugar Sempre aparece alguém Pra cortar a nossa onda E de repente o laço desatinou Calaram a voz do nosso amor Que mesmo mudo ainda disse Ninguém me proíbe Você se foi e eu fiquei completamente perdido Meu pobre coração é um negócio vazio
Nasci no olho do furacão E vivo na periferia do seu alto falante Disparo pra matar meu silêncio Contra os corações arrogantes Eu sou terrível
Nasci no olho do furacão E vivo na periferia do seu alto falante Disparo pra matar meu silêncio Contra os corações arrogantes Eu sou terrível (não vou parar)
É a polícia que desce a porrada É o político que rouba milhões É a perpetuação da impunidade É a justiça que é lenta demais É a criança que chora de fome É o homem que explora menores É a renda mal dividida É o choro de muitas mães
Esses dois olhos tristes Que a terra há de comer Viram tanta injustiça acontecer Calaram a voz do nosso amor
Compositor: Maximiliano Simonal Pugliesi de Castro (Max de Castro) ECAD: Obra #747063 Fonograma #693944