Com tanta cinza na cidade Nossa poesia é tipo graffiti né não? Que devolve a vida A quem ela pertence Na rua!
Vai na fé irmão Tem espaço no trem A vida corre ''a vera'' Quando não se trabalha O resultado não vem
Coé Eles só enxergam em ''P&B'' Nós deixamos tudo colorido Invadimos a sua mente Corrompemos os seus ouvidos Botamos a fila pra andar Sei que alguns ficaram deprimidos Se o assunto não é trabalhar Por favor, nem fale comigo
Eu achei melhor desprezar o Recalque de falsos amigos Ai passei a enxergar Que o mundo fecha comigo Se você quer se deprimir Então fique com seus comprimidos Pois eu aprendi a amar Então fico com meus amigos
Quantas pipas soltei, quantas Vezes chorei, quantas vezes Fumei, quando me pendurei Pensando, vou rodar. Minha mae Até acha boa ideia de eu ser um Mc, ela só não acha tranquilo se eu vier com a ideia que vou desistir
No mundo em que o dinheiro Manda uma coisa é certa E eu aprendi Que não é dando choro nem se Lamentando que se faz o mundo Voltar a sorrir
Tudo que conquistei Foi com muito talento Eu tive que ser forte Sempre no desenrolo Errando e aprendendo Na sul e na norte
Quando eu me machuquei meu suor Serviu pra curar o meu corte E os que foram contra que sem se Dar conta na verdade estavam Era me dando sorte Ainda vejo o mundo com olhar De uma criança que
Sacode a poeira levanta a cabeça E enxerga mudança mas Se você quer mudar vai Se movimenta e levanta Mostra na prática mano Porque tu sabe que Quem só fala cansa
Bem ciente da missão A pista me deu visão Cada esquina uma inspiração Meu escudo é o meu coração
Refrão Vai na fé irmão Tem espaço no trem A vida corre ''a vera'' Quando não se trabalha O resultado não vem
Funkero
Sem replay o que eu sei Faz ver além da visão Não pensei quanto andei Derramando suor pelo chão Pesadelo verbal ginástica cerebral Sou a evolução Desses rappers de Neanderthal
Método incisivo tráfico de livros Pra manter o conhecimento vivo Objetivo pelo coletivo Nossa lua é muito maior que nós Pelo sangue, pelo suor daqueles Que nunca tem voz
Que não aprende se rende O jogo é sujo igual dinheiro Nessa guerra ninguém vence Somos todos prisioneiros Usando 10 da nossa Cabeça animal Tentando subir na imaginária Pirâmide social
Ritmo é neurótico, surto psicótico Transe hipnótico Rap é meu narcótico A música me faz voar Pro lado escuro da lua Break, Graffiti, Cultura de rua A saga continua Não quero pódio
O amor é irmão gêmeo do ódio Colecionador de ossos Fiz do ócio meu negócio hann... E eu vou Vendo a vida pelo retrovisor Correndo lembrando de Tudo que passou
Toda dor que a derrota causou E o que ela me ensinou A ampliar minha visão Pra ser mais um vencedor
Refrão Vai na fé irmão Tem espaço no trem A vida corre ''a vera'' Quando não se trabalha o resultado não vem
Rashid
Já fui o último da fila No bolso nem um ''pila'' Só noção de que a preguiça de Esperar te aniquila Um por um então me vi lá Pivete entre pilares Cidadão de vila Tipo jogador e bilhares
Paciente, já ciente Da minha posição Porque se eu desistir Alguém dá um passo a frente Só mais um chei' de sequela Hediondo a tanta gente Uns querem entras na panela Eu quero entrar na mente
No pente, é so ideia quente Vai vendo Construo pontes se a colméia Tende a pensar pequeno Tragédia vende enquanto os Comédia rende Pano pra manga pra falação de Quem não aprende
Que não é só pra entender Deixa que ''noiz'' manda o manual No encarte do Cd Mensagem pra ser sentida Rashid não faz rap, o rap fez o Rashid, no fim, Rashid só Descreve a vida
De quem veio do nada que nem eu Mostrou tudo que tinha E a rua reconheceu Falador não passa mal Falador vai passar bem Porque se gosta de falar Agora assunto ele tem
Dinheiro é bom, só que eu quero Mais que isso, tá? Fazer valer o tempo quando Alguém parar pra me escutar!
Compositores: Victor Hugo Freitas da Silva (Funkero), Michel Dias Costa (Rashid), Ricardo Macedo Rilo (Coe), Luiz Henrique Rodrigues de Araujo (Luiz Cafe) ECAD: Obra #20485820 Fonograma #11448492