"A escravidão virou inservidão salarial Da saudade chão, brotou um banzo'' transcontinental"
Nasce mais 1, nascem 2, nascem 3 nasce em todo lugar, nasce um príncipe, um rei nasce o escravo da lei nasce a mãe, nasce a filha de quem não nasceu pra chorar nasce o pai nasce o filho de santo gerado num ventre livre que descansa e desperta quando nasce o sol nasce o espirito santo pra salvar nossa pele nasce a chaga da plebe, é mais um no futebol pra tentar, prosseguir, despontar, se iludir nem sonhar, desistir nem pensar Refrão Nascimento e dor, o grito chama a alma pra realidade crua desse corpo nu é muito louco, é mó sufoco viver um dia após o outro nesse mundo cão É difícil pra gente que se divide de viver num país que a gente nunca foi livre quando o livro da gente não vai pra escola uma história recente, que a minha alma ainda chora me ignora, eu sei que me ignora a memória da gente vai se encontrar outra hora é no espelho, é na roupa, é no seu neto, senhora Na feijoada da quarta ao cafezinho na mesa o caldo de cana gelado com pastel da feira é na batida pulsante, do rock, do funk no samba do chico, no tom do João eu quero que você cante pra mim dance pra mim veja o pandeiro imaginário rodando é assim que a gente se sente é o preto é o ausente, é a ausência de cor é o preto na carne, é a dor Refrão Nascimento e dor, o grito chama a alma pra realidade crua desse corpo nu é muito louco, é mo sufoco viver um dia após o outro nesse mundo cão
"Ao olhar do tira e a dama que admira, to na mira sempre como é curioso" Bastardos inglórios, o cheiro de terra, menores na frente e atrás um monte de velas pretas e pretos nas telas, bicas e becos, favelas que nascem nas pistas e morrem nos fundos das celas
Compositores: Melvin Douglas Nogueira Santana (Melvin), William Simplicio de Souza Neto ECAD: Obra #17505455 Fonograma #34347472