Fazenda da Liberdade Quando o coronér vivia Seus colono e empregado Gozavam de regalia Mas tudo que é bão se acaba Cada coisa tem seu dia Foi numa tarde de maio O coronér falecia Um preto véio choro Na hora que o caixão saía Era o peão mais antigo Que na fazenda existia
Com a morte do coronér Ai seu filho ficou patrão Mas não herdou do seu pai Aquele bão coração Mandô chamá o preto velho E falô sem compaixão Vou mandar você embora Não tenho mais precisão Preciso aqui gente nova Pra tratar das criação Foi mais gorpe doído Na vida desse cristão, ai
No palanque da mangueira O preto véio encostô Ali de cabeça baixa Seu passado arrelembrô De quantos boi cuiabano Nos seus braço já berrô Quantos potro redomão Sua chilena quebrô Um estralo na portão De repente ele escuitô Um pantaneiro furioso Na mangueira penetrô, ai
A filha do fazendeiro Sua prendinha querida Aquele anjo inocente Brincava muito entretida O preto saiu correndo Com suas perna enfraquecida Parô na frente do boi Quando ele deu a investida No chifre do pantaneiro Suas força foi vencida Pra sarvar a sinhazinha Ele arriscô sua própria vida
O fazendeiro correndo Cinco tiro disparô Derrubou o pantaneiro Mas nada disso adiantô Abraçando o preto véio O coitado ainda falô Mande benzê a sinhazinha Do susto que ela levô Eu preciso ir-me embora Minha hora já chegô E o preto de arma branca Deste mundo descansô, ai