Mococa e Paraíso

Ferro a Brasa

Mococa e Paraíso

Bandeira Do Divino


Um certo dia fui rever os meus parentes
Na fazenda Sol Nascente e a surpresa me esperou
O meu irmão veio dos fundões da casa
E me deu um ferro à brasa que a nossa mãe deixou.
O que pra muitos pode ser até tranqueira
Hoje lá na cabeceira, um abajur dele eu fiz,
Me faz lembrar a sua luz que me rege
Que eu só tinha um terno bege, mais eu era tão feliz!

Ferro à brasa, o calor que hoje me queima
É uma saudade que teima reviver aquele amor
Ferro à brasa aquecido pela idade
Hoje passa a realidade só não passa a minha dor!

Voltando ao tempo vejo mamãe preparando,
Esse ferro, assoprando as brasas do tição;
Depois passava com carinho sem preguiça
Nossas roupinhas de missa, de festa a procissão.
Olho esse ferro do abajur é a claridade
Sinto as brasas da saudade me queimar o coração,
E o pensamento vai passando meu passado,
No tecido amarrotado de mágoa e solidão!

Compositores: Jose Caetano Erba (Caetano Erba), Jose Plinio Trasferetti (Paraiso)
ECAD: Obra #120659 Fonograma #27768

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