Ouviram do Ipiranga" o grito de uma liberdade Que não traduz libertação pra alma de um povo Cativo da incerteza, da idolatria imposta De ideologias vagas, de filosofias tortas É como navegar sem rumo, sem sentido Perdido em alto mar Se envolve em seus brinquedos veste suas fantasias Se perde em seus enredos colhe cinzas de alegrias Se olha no espelho, vê como é triste a figura Somente a liberdade lá do alto encerra a procura E a graça é tão imensa que há de gerar gigantes Nutridos pela fé Liberdade! Abre as asas, vem voar pelo céu do meu país A esperança é chama que ainda arde Liberdade! Rompe os elos dos grilhões Despolui os corações Vem fazer o encontro com a verdade Na mente traz a estrada que caminha sem destino Na alma tantas marcas de um tempo em desatino Passados tão presentes são sementes germinadas Trazendo o fruto amargo da esperança vã e frustrada Fechadas as algemas, um grito, um desespero Não vão calar a dor E assim poetas loucos se perdem numa coreografia Seduzem multidões na busca de outra ideologia Se fazem de heróis mas são vencidos pelo tempo Com seus próprios lábios cavam túmulos ao vento Não querem entender que a loucura lá da cruz É a própria liberdade Liberdade! Abre as asas, vem voar
Compositores: Moises de Abreu Franca (Moises Franca), Artur Moraes ECAD: Obra #17910634 Fonograma #1701264