Morcego
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Desenrolado do Rio

Morcego


Flexibilidade sabe
Respira

Rio 40 graus? É?
CĂȘ sabe que sou?
Favela pista, tiro ou cafuné?
Pipa avoada ou gol?
VocĂȘ aceita coca cola ou cafĂ©?
PĂŁo na chapa da central
Cidade maravilhosa? É
Que tal um caviar no caos?

Nas luzes da cidade, na flor da idade
IlusĂŁo reluz bem forte, te sussurra no ouvido
Uma dose como nĂŁo quer nada, nĂŁo quer nada
Pra amanhecer num canto desconhecido

Brigas terminam em beijos, lençóis são oceanos
Solte seu monstro na tempestade
Solte seu monstro na tempestade

Improviso rimas pra me carimbar na eternidade
Num instante ela passa se arrisca ou fica na vontade
Sua alma Ă© um carro forte, simplesmente ele vaga
Perguntando a todo mundo
onde seria sua casa, casa, casa

Ossos do ofício, esforços do vício
Aprecie os destroços, volte ao início
Cante um samba, chore em meus braços
Abrace o mundo, fortaleça os laços
Erros do passado sĂŁo glĂłrias do amanhĂŁ
Pra quem aprende e na fé exerce
Hoje bato palmas para o fim do mundo
Até ontem só éramos pequenas flechas de quermesse
Moleques

Atravesso paredes quando desenho incertezas
Meu relĂłgio tĂĄ no freezer se analise
Don't follow me, I am lost, inspire
Respire quando tiver entrando em estado de crise

Mate limĂŁo ou Cosme e DamiĂŁo, galera
O bloco tĂĄ formado pro ko, liga o alerta
Direita foi sem seta, Ă© muito foco na meta
Samurai faz gol de placa pra sair da merda

VisĂŁo turva, na rua escura
Um nascer do sol em degrade
Libere o fluxo da tensĂŁo
Deixe a luz guiar vocĂȘ
Libere o fluxo da tensĂŁo
Deixe a luz guiar vocĂȘ
De role pela cidade

Sem identidade (de rolé pela cidade)
Sem identidade (de rolé pela cidade)
Sem identidade (de rolé pela cidade)
Sem identidade (de rolé pela cidade)

Dentro do carro esfumaçado tå rolando o rap
EssĂȘncia do mandamento
Ă© um manto sagrado que te aquece
Do frio, do mal, de quem mata a favela
Sujando o nome do funk
cantando luxos que nem existe nela
Andando tranquilo pelas ruas onde jĂĄ vi a morte
Um caso de amor nas praias da sul
ou espancando beirais da norte
O tempo passa, o tempo voa a toa nĂŁo vĂĄ ficar
A rua sempre foi rua, se vacilar ela vem cobrar

De rolé pela cidade (sax conversando)
De rolé pela cidade (sax conversando)
De rolé pela cidade (sax conversando)

Sem identidade (de rolé pela cidade)
Sem identidade (de rolé pela cidade)
Sem identidade (de rolé pela cidade)
Sem identidade (de rolé pela cidade)

Compositor: Matheus do Espirito Santo Costa (Morcego)
ECAD: Obra #23845394 Fonograma #12274263

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