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Stephen Patrick Morrissey nasceu no dia 22 de maio em Manchester, na Inglaterra. Na adolescência, o jovem tímido e desajustado adquiriu uma obsessão por filmes e música, o que o fez escrever um fanzine sobre os New York Dolls (ela era presidente de um fã-clube britânico da banda novaiorquina), assim como uma homenagem a James Dean e muitas cartas cheias de opiniões para a revista semanal de música Melody Maker. Durante a explosão punk dos anos 70, ele tentou entrar na banda Slaughter & the Dogs (não conseguiu) e cantou por um curto período em outro grupo, os Nosebleeds. Em 1982, ele conheceu o guitarrista Johnny Marr e os dois começaram a compor juntos, em uma das parcerias mais produtivas que o pop britânico descobria em muito tempo. O single de estréia da banda dos dois, os Smiths, "Hand in glove" – uma canção cheia de referências ao homossexualismo, fez deles uma sensação no underground britânico.
Quanto mais atenção atraía, mais Morrissey mostrava saber manipular a mídia. Suas entrevistas sempre tinham opiniões bombásticas (na maior parte concebidas para chocar o público) e suas performances (com flores nos bolsos de trás e um aparelho de surdez) , assim como seu declarado celibato, provocavam um debate intenso, sobre a banda e sobre a sexualidade do cantor. Dotado de um cinismo profundo como letrista, ele muitas vezes era mal-interpretado: as pessoas achavam que ele defendia os absurdos de que falava, e o furor em torno da banda só crescia.
O disco de estréia dos Smiths, que levava o nome da banda, de 1984, foi um sucesso arrasador e, na esteira, Morrissey começou a divulgar suas opiniões políticas, criticando duramente a primeira-ministra britânica, Margareth Thatcher, além de pregar o vegetarianismo (o que redundou no nome do segundo disco dos Smiths, Meat is murder). 'The queen is dead', de 1986, foi considerado uma obra-prima, mas Morrissey e Marr já não se entendiam. O guitarrista deixou a banda depois do lançamento de 'Strangeways, here we come', e logo Morrissey acabou com os Smiths e começou uma carreira solo.
Sentindo-se traído pela deserção de Marr, Morrissey compôs os singles "Suedehead" e "Everyday is like Sunday" com o produtor Stephen Street, conseguindo bons resultados. Seu primeiro disco solo, Viva hate, foi bem aceito, mas Morrissey atrapalhou-se ao demorar demais na preparação de 'Kill uncle'. Quando o disco saiu, em 1991, a nova cena de Manchester (Stone Roses, Charlatans, Happy Mondays) já tinha tomado conta das rádios, e Morrissey passou a ser uma antiguidade.
Apesar do bom disco 'Your arsenal', uma volta aos velhos tempos dos anos 70, num rock debochado produzido pelo lendário guitarrista Mick Ronson, Morrissey continuava queimado na Inglaterra. Sendo assim, ele se virou para os Estados Unidos, onde sua popularidade só crescia. Os ingressos para um show no lendário Hollywood Bowl foram vendidos mais rápido do que em uma ocasião em que os Beatles se apresentaram por lá.
Com a confiança renovada, Morrissey lançou discos como pão quente, por várias gravadoras diferentes ('Vauxhall and I', a coletânea 'The world of Morrissey', 'Southpaw grammar', 'Maladjusted'), e acabou engolido pelo cruel mercado americano. Sem gravadora, ele continuou sendo popular em shows e ficou 7 anos sem gravar, até lançar 'You are the quarry' em 2004. O disco, afiado como sempre, o levou de volta ao posto de lenda viva do rock, tanto na Inglaterra quanto nos EUA.
Fonte: site Sony BMG
Site oficial
www.morrissey-solo.com