Quando criança minha mãe dizia Olha menino tu não é minha cria menino feio Cresci um pouco e fui morar com meu avô Já não agüentava mais o calor tirando o leite e rachando lenha
Com muito custo juntei um dinheiro pra ir pra cidade Meu avô olha só que maldade Meu avô me roubou e me disse Que ainda tenho que sorrir e fazer de conta que eu existo
Desesperado quebrado bêbado fugi pra cidade Sem um centavo sem saber de nada apanhei de verdade Ai então arrumei um emprego num supermercado Trabalhava feito um condenado Ganhava dinheiro e sonhava de mais demais demais Até que um dia a filha do dono olhou pro meu lado Não agüentei e provei do pecado Perdi meu emprego e apanhei outra vez
Tenho que sorrir e fazer de conta que eu existo Tenho que sorrir e fazer de conta
Prá ser sincero já nem sabia mais o que ele ia ser Ser um malandro tava tão difícil não era viver Ao mesmo tempo já tava cansado de tanto azar Suspirei e parei de chorar e falei pra mim mesmo
Tenho que sorrir e fazer de conta que eu existo Tenho que sorrir e fazer de conta
Compositor: Anderson Richards Mendanha Santana (Anderson Richards) ECAD: Obra #615840 Fonograma #642013