Ônibus lotado, buraco no meu sapato Meu bolso tá furado, essa é a minha sina Fazer papel de otário, salário atrasado Meu lanche tá estragado, puta que pariu! Eu só tô me fudendo em toda a minha vida Enquanto eu vejo os outros rindo de minha cara Um dia eu me revolto e isso vai mudar Arrumo uma arma e o bicho vai pegar Porque o ser humano chega ao seu limite E um dia em desespero perde a consciência! Depois que todo sangue tiver pela calçada O ônibus queimando, você vai me entender!
Me chame de animal! Tenha medo de mim!
Eu quero condições de me sustentar Eu quero condições de me divertir Mas o que é que eu ganho? Porrada na minha cara Me chamam de safado, só vão me reprimir Você pensa estar longe, no seu apartamento Mas pouco a pouco você vai perceber Leia no jornal, assista na tv Eu estou mais perto, mais perto de você Na sua faculdade, vizinho no seu bairro Garoto classe média, o que te faz tremer Então é bom agora descruzar seus braços E aprenda por si mesmo a se defender
Me chame de animal! Tenha medo de mim!
Aquela boa alma virou um animal! Aquele lindo anjinho virou um assassino! Agradeça á policia, agradeça aos politicos Você é mais uma mãe que está perdendo um filho!
Compositores: Fabio Magnago Mozine, Christian Collela, Fabio Barros Truci (Brek), Sandro Juliati (Sandro) ECAD: Obra #2396630 Fonograma #1753311