Mulamba
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Levante

Mulamba

Será Só aos Ares


Gente correria, desespero e confusão
Guerras invisíveis tomando a situação
A mata queimando e o sangue lavando mãos
Aqui chove bala e a mira é certa pra matar

Criança inocente sem querer e sem sentir
Despedaça sonho a guerra que tá aqui
E os atiradores são os ricos do país

Quem vê de cima e só assina patrocina as chacinas no Brasil
E pros de baixo, esculacho, todo o dia no arrebento e ninguém viu
Enquanto o centro é samba e vento nas perifa tem meganha de fuzil
É pontapé, tapa na cara, todo mundo é elemento perigoso num ambiente hostil

Levanta cê não tá aí fazendo nada
Te mexe, olha o errado começando do teu lado
Levanta porque se só reclamar fica embaçado
Já viu conhecimento passar de livro fechado

Levanta pois de casa é pequena tua visão
Oprimindo professores não se forma um cidadão
Levanta transformaram a escola em cadeião
Vai ficar aí parado, é essa tua posição?

Levanta jovem e anda em teu gigante adormecido
Se chegamos onde estamos não temamos o perigo
Um off em televisão, impunha a tua opinião
A manipulação da mente é coisa do inimigo

Levanta pra não ver o teu filho escravizado
Mantenha a mente ativa pra não ser robotizado
Lembra dos antigos sabidos do teu passado
Que davam aula da alma sem nunca ter estudado

A mente move o corpo que o remédio deixou louco
Lobotomia mantém calma os que definem como louco
O monopólio em massa dos meios de comunicação
Nunca cita porque morre tanta gente no valão

Levanta pega um livro te prepara pra tua guerra
Vai sentar pra ler no mato pois cimento não é terra
Levanta, jovem, é hoje, o movimento começou
Vai esperar pra quê se o amanhã ainda nem chegou

Compositores: Carla Colvara de Sa (Cacau de Sa), Fernanda Nercolini Koppe, Carolina Pramio Fernandes Pisco
ECAD: Obra #34815916 Fonograma #33751306

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