Hã... Pouca coisa mudou O responsável pela nossa tragédia não assimilou Que pra mudar é necessário mais que um discurso... no percurso falei com gente estúpida Penso no que diz nossa bandeira fica em dúvida O que será que eles acham de nós que não sabemos falar? que não sabemos votar? Há
Nossa voz ta no ar Por mais que eu tenha espírito de mudança vejo contradições que me causam desesperança Cansa ver tanta gente ignorante Tratando gente humilde de forma arrogante Deselegante ao lidar com a maioria Que fala com sotaque de periferia Na correria, sobrevivendo a covardia Daqueles que nos retribui com antipatia
A superação me emociona Mas a apatia dos irmãos me decepciona Vivemos da democracia que não funciona Condição social que aprisiona Vários vão a lona Sentados na poltrona Recebendo ordens que serão ditadas na telona E nos deixam como herança Uma verdadeira erupção de criança na minha lembrança Não da pra esquecer o que eu vi (na lembrança) Não da pra esquecer o que senti percebi...
Que a policia continua sendo o braço governamental Na favela discimina o mal Com suas fardas e caveirões A serviço daqueles que controlam opniões,que roubam milhões, donos de mansões Constrói a riqueza com a fraqueza de multidões Tubarões... engolem o peixe pequeno Não vejo plantação de coca no nosso terreno Vai além...vejo plantações de vida de sonhos, de morte, ferida Que não cicatriza, que não ameniza Se o clima tiver tenso a paz não se estabiliza Pra mim é muito fácil de ser entendido Sem educação vários de nós vai virar bandido E a nossa pena não é branda Perdemos a infância, a juventude a fila anda Menos pra quem tem família com dinheiro Que paga pelo erro do filho o tempo inteiro Atitudes que eu não me identifico Bateram na empregada só porque o pai é rico Pai que vai a público falar de ética Sem saber que o filho é envolvido com droga sintética Vida frenética, fazendo merda pela rua Com a certeza que a justiça é menos energética Não é assim com a gente, Nova operação policial leva a alma de um inocente Deixa a criança ferida Com bala perdida Mais punição como medida Revelando a incompetência Tenho complemento no refrão que há na sequencia
Combatente não aceita Comando de canalha que a nós não respeita Excluído, iludido Quem nasce na favela é visto como bandido Rouba muito, magnata Não vai para cadeia e usa terno e gravata Causa e efeito Só dever sem direito 2x
A corrupção permite que atrocidade ultrapasse seu limite Por mais que parte elite evite Um afrogenocidio existe onde pessoas morrem por conta da cor Com sobrenome comum não temos valor Artista câo, que fala de amor, Não fecha com nois nem na hora da dor Por isso eu faço do meu palco um pupito usando minha voz contra um Brasil que é corrupto Impunidade fala mais alto Os homens de preto sobem o morro pra defender o asfalto que impotente, assistem a tragédia No desnivel entre a favela e a classe média Que tratam o guetto como se fosse a África numa distancia que nem chega a ser geográfica
Distanciamento provocado pelo preconceito Como se nascer aqui fosse um defeito Não é! É parte de um destino que você ajudou a escrever, quando não quis se envolver Vem, vem aqui combater a consequencia de politica de ausencia que resulta em violencia Se o foco não for mudado, não terão resultado e o ódio na juventude é uma tendencia Sem escola, sem escolha Expectativa de vida até que o crime te recolha Vários do lado do bem, são empurrados pro mal vitimas da convulsão social País tropical, povo sensual Fábrica de gente em condição marginal que não conseguem pensar, que não conseguem falar Parasitas não iram prosperar
Combatente não aceita Comando de canalha que a nós não respeita Excluído, iludido Quem nasce na favela é visto como bandido Rouba muito, magnata Não vai para cadeia e usa terno e gravata Causa e efeito Só dever sem direito 2x
> allew69
Compositores: Alex Pereira Barboza (Mv Bill), Jonas Becker (Katch 22), Efe Oekmen ECAD: Obra #29513075 Fonograma #1651219