O amor é um ato revolucionário Quem vive amando, dando amor e sendo amado Colhendo o que lhe é oferecido E a si mesmo se coloca ofertado Se este está nu, veste o manto sagrado Que ao que ama, o infinito faz vestido De Deus e os deuses, sim, é o mais querido Mesmo no escuro, seu sentir é iluminado
O amor é um ato revolucionário Por estados e religiões temido Quem pelo amor é pertencido A si governa e só a ele é confessado Quem ama, ao andar cria sua estrada Em seu voo, vê as planícies prazerosas E no cume das montanhas alterosas Toca em gozo a rosa viva imaculada
Não será jamais pelo mal tocado Seu eu profundo não é nunca profanado Só mesmo o tolo nega do amor o apostolado E a seus apóstolos diz que vivem em pecado
O amor é um ato revolucionário A besta humana torna em anjo apascentado Em amoroso afia o espírito mais irado O corpo e a alma, um no outro, todo e tudo Quem ama fala ao mundo mesmo mudo Seu pulso é a pulsação do universo em dança Nas inquietações da guerra insana, a paz alcança Quem traz a lança do amor e seu escudo
Não será jamais pelo mal tocado Seu eu profundo não é nunca profanado Só mesmo o tolo nega do amor o apostolado E a seus apóstolos diz que vivem em pecado
Não será jamais pelo mal tocado Seu eu profundo não é nunca profanado Só mesmo o tolo nega do amor o apostolado E a seus apóstolos diz que vivem em pecado
O amor é um ato revolucionário
Compositor: Francisco Cesar Goncalves (Chico Cesar) ECAD: Obra #23422579 Fonograma #39069527