A que horas necessito sair vou me arrumar Não posso mais me esconder vou continuar Uma interrogação sobrevoa minha mente Não vou voltar vou seguir em frente Meu deus porque o mal esta prevalecendo tanto sofrimento tanta gente morrendo Sinto uma grande vontade de voltar Se parar a morte leva, precisamos caminhar. Vou me despir do preconceito, vou buscar o meu direito Desabafar do peito, esse mundão ainda tem jeito Um rio desce do meu rosto sem eu sentir Deságua na ansiedade, qual afluente vou seguir ? Eu só preciso da verdade , paz, justiça e liberdade eu preciso de coragem pra viver nessa cidade Quero mais dignidade descolei da vaidade não sou fã de malandragem e vou vivendo os malandros tão matando e morrendo A pressão tá aumentando,tá ficando tudo escuro vou alinhar o meu futuro
sou psicose delirante Me transformo em cada instante , Em astronauta viajante Tô na deprê, tô na depressão Não me vejo no espelho e vou andando em contra mão
Me afundei na droga, não importa qual Variando uma dose entre o bem e o mal Será normal, alguém da minha idade Detestar os mais clarinhos odiar a sociedade No fundo invejo essa gente, que sem ódio nos dentes Sem amor no coração sem bala no pente Me drogo em um segundo lá se vai a dor do mundo Minha alma tá morrendo com o meu sonho vagabundo Adrenalina vai a pique é difícil me conter Tô deprimida, vou enlouquecer Perco a noção desconheço meus amigos Não consigo o equilíbrio, pra lutar contra o inimigo Mãe não chore me de proteção Meu sonho de menina não pode ser em vão O que a cigana me falou o pastor tinha falado Eu Agradeci com um sorriso nos lábios Mas e daí, se não consigo ser curada Felicidade não e viver angustiada Sonho acordada não e isso que eu queria Me perder na madrugada e me encontrar no dia
Sou psicose delirante Me transformo em cada instante , Em astronauta viajante Tõ na deprê, tô na depressão Não me vejo no espelho e vou andando em contra mão
A depressão quer me pegar me levar me torturar Mas não posso me entregar , mas não posso me matar Explorados nesse morro feito saco de pancada Quem foi eleito retribui com o dedo em nossa cara Refém da solidão, eu continuo aqui trancada Me escondi da Depressão, mas fui encontrada Quem pode me dizer se estou perto de morrer ? E se morrer, será que vou subir ou descer ? Deprimida dos pés a cabeça sou fiel Atrevida com homem valente eu to no céu O meu crime foi falar pela minha gente favelada Não quero ser julgada, sem ter advogada Estou exausta, várias noites sem dormir Mas antes do final da vida eu decido se eu vou sair Mas por enquanto eu fico aqui sou psicose delirante Me transformo em cada instante , Em astronauta viajante Tô na deprê, tô na depressão Não me vejo no espelho e vou andando em contra mão