Caos
[Intro - Mel Duarte]
Eles pediram pro acaso juntar
Suas almas que tanto imploravam aos céus
Alguém que lhes pudesse completar
E esse alguém finalmente apareceu
Ela, samba em dia de festa na favela
Ele, bola a rolar no campinho de terra
Ela, pele quente, sabor canela
Ele, bandeira de paz em dia de guerra
Ela, compasso certeiro, tipo fela
Ele, fonte de luz que nĂŁo encerra
Yin e Yang, ĂĄgua e seca
Suor e sangue, pele e vestimenta
Incenso queimando, acalma, aflora
EssĂȘncia massala domina, transborda
Ela encara nos olhos, ele estremece, apavora
E então a cama vira a opção mais acolhedora
Eles se entregam e viram exceção
Pra uma vida de regras, quebram o padrĂŁo
Filhos do caos recorrente
Corpos de epiderme aderente
[Verso 1 - Nego E]
O mundo aos meus pés, Cidadão Kane
Eu e vocĂȘ, um mĂ©nage com a Mary Jane
Pela fast lane, sem radar a mais de 100
Sem cocaine, som de Coltrane, natural faz bem
Tem olhos no horizonte no Ăłculos o reflexo
Relaxante, boa mĂșsica, excitante, bom sexo
Pedra preciosa, safira, inspira, diamante
CodeĂna e Dorflex, nosso caso Ă© complexo
Kingston, Ipanema, seu tempero Ă© dendĂȘ
Gasolina e isqueiro prestes a acender
Um drink forte, dose pra viver a cena
Sem medo da vida, faz cada hora valer a pena
Somos a Lua brilhando em pleno meio dia
Somos bem e o mal, solidĂŁo e companhia
Eros e Gaia, nossas noites sĂŁo saraus
Gostamos da escuridĂŁo, somos filhos do caos
[RefrĂŁo - XĂȘnia França]
Luar e sereno, suor e paixĂŁo
O mundo em ruĂnas, pequeno, ao redor confusĂŁo
Doce veneno, pele e desejo, no quarto sem voz
Destruição a cada beijo, caos, sem fim pra nós
[Verso 2 - Nego E]
SilĂȘncio Ă© dĂĄdiva, ignorĂąncia Ă© bĂȘnção
Os outros falam demais, foda-se o que eles pensam
Saliva e o desejo, nosso balanço é cortejo pro céu
Obsceno, recebemos açÔes de despejo do motel
O mundo Ă© podre, celulose e nitroglicerina prove
Libera o coldre, overdose de Kalashnikov
NĂłs nĂŁo temos limite Ă© louco
Por que nĂŁo se desarma e se permite um pouco?
Nosso amor foi arte, fez-me seu fĂŁ ser
Nossa quĂmica Ă© tĂŁo forte, nos causou cĂąncer
Dance, nĂŁo canse sem recusa
Palavra doce, puxÔes no cabelo até tirar a blusa
Ănfimo, no Ăntimo, toque preciso
Causamos dor e fazemos do inferno nosso paraĂso
SĂŁo nossos casos, caos, problemas assumimos
Sono Ă© primo da morte? Melhor, nĂłs nem dormimos
[RefrĂŁo]
[Verso 3 - Nego E e XĂȘnia França]
VocĂȘ pede mais rĂĄpido, corpos se encaixam sem freios
Pele preta, desejo minhas mĂŁos, seus seios
Efeito borboleta, o caos trĂĄs paz
Gotas de suor e sangue caem e o mundo se desfaz
VocĂȘ pede mais rĂĄpido, corpos se encaixam sem freios
Pele preta, desejo suas mĂŁos, meus seios
Efeito borboleta, o caos trĂĄs paz
Gotas de suor e sangue caem e o mundo se desfaz
Compositores: Adilson Luiz dos Santos Junior (Tico Producer), Erick Silva Costa (Nego e), Mel Amaro Duarte (Mel Duarte), Eduardo dos Santos Balbino (Dj Duh)
ECAD: Obra #23623617 Fonograma #19260636