HĂĄ trĂȘs pinhos ressongando Nesta milonga ponteada E a noite outonal tranqueando Reponta a voz afinada O som de bordĂ”es e primas Que se arranchou no galpĂŁo Quarteia acordes e rimas No parto de uma canção
Milonga de mil colores Que aquece e clareia as noites Vem abrandar minhas dores E me livrar dos açoites Milonga de mil matizes Que empresta a beleza às flores Vem fechar mi'as cicatrizes E me arrancar dos rancores
A sons de rios e cascatas Amadrinhando os enredos E as cordas solam, cordatas Sob o comando dos dedos Enquanto a noite desliza Pontilhada de luzeiros A luz do canto eterniza O lume de seus candeeiros