Campeando um rastro de glória venho sovado de pealo erguendo a poeira da história nas patas do meu cavalo o índio, que vive em mim bate um tambor no meu peito o negro, também assim tempera e adoça o meu jeito com laço e com boleadera com garrucha e com facão desenhei pátria e fronteira pago, querência e nação.
Eu sei que não vou morrer porque de mim vai ficar o mundo que eu construí o meu Rio Grande, o meu lar campeando as próprias origens qualquer guri vai achar campeando as próprias origens qualquer guri vai achar.
Sou a gaita corcoveando nas mãos do velho gaiteiro dizendo por onde ando que sou gaúcho e campeiro eu sou o moço que canta o pago em cada canção e traz na própria garganta o eco do seu violão.
Sou o guri pêlo duro campeando o mundo de amor e me vou rumo ao futuro tendo no peito um tambor.
Eu sei que não vou morrer porque de mim vai ficar o mundo que eu contruí o meu Rio Grande, o meu lar campeando as próprias origens qualquer guri vai achar campeando as próprias origens qualquer guri, vai achar.
Compositores: Antonio Augusto da Silva Fagundes (Antonio Augusto Fagundes), Euclides Fagundes Filho (Bagre Fagundes) ECAD: Obra #59903 Fonograma #1237969