Bandas que estão no auge não costumam vir sempre ao Brasil. Mais raro ainda é ver uma banda tocar três vezes no país e em todas estar no que imagina ser o seu auge. É exatamente nessa posição que o Coldplay volta ao país pela terceira vez. Apesar de relativamente novo, o quarteto inglês já deixou seu nome na história do rock com seus álbuns que casam bem rock, pop, baladas e indie em uma mistura que consegue aliar enormes vendas com credibilidade, razão para colocá-los como fortes candidatos a maior banda do mundo no momento.
Aqui nesse especial nós dissecamos os álbuns do grupo, desde a estreia num já longínquo ano 2000 até o mais recente EP. Para quem vai em algum dos shows é uma boa pedida para se preparar e relembrar toda a obra da banda.
"Parachutes" - 10 de Julho de 2000
"Parachutes" saiu em um dos períodos mais incertos e difíceis da história do pop. A era do download começava e com isso o temor da indústria fonográfica. As bandas da época também pareciam perdidas em um limbo; afinal um novo milênio chegava e havia uma sensação de que novos sons e parâmetros precisavam surgir para fazer a trilha para os anos que viriam.
E o Coldplay entra onde nessa história? Basicamente entra com cautela e ambição. Para a crítica e o público indie eles soavam como mais uma banda a seguir os passos do Travis, na época a banda mais popular da Inglaterra, ainda que os toques de Radiohead da época de "The Bends" e os vocais inspirados em Jeff Buckley servisse para dar identidade à nova banda.
Mas se havia algo que de cara separava o Coldplay das outras bandas, era a presença de Chris Martin. O vocalista demonstrava potencial para se tornar um ídolo de massas no estilo Bono/Michael Stipe e ainda exibia bastante talento como compositor e vocalista. Talento esse que foi explicitado em "Yellow", o primeiro, e talvez o mais marcante, sucesso da banda.
Se eles só tivessem feito essa canção ainda assim teriam um lugarzinho garantido na história do pop. Como o resto do disco segurava a onda, especialmente em "Trouble", "Don't Panic" e na favorita dos fãs "Shiver", eles acabaram com um disco que agradou os críticos, vendeu muito, conquistou fãs ao redor do planeta e deixou a impressão generalizada de que o grupo tinha boas chances de se tornar um dos nomes chave da nova década
"Parachutes" ganhou um Grammy de melhor disco de rock alternativo e um BRIT Award de álbum do ano. Vendeu pouco mais de um milhão de cópias nos Estados Unidos, número excelente para uma banda inglesa, e 2 milhões e meio na Inglaterra, o que significa sete discos de platina. Melhor começo impossível.
Confira a tracklist do disco:
1. "Don't Panic"
2. "Shiver"
3. "Spies"
4. "Sparks"
5. "Yellow"
6. "Trouble"
7. "Parachutes"
8. "High Speed"
9. "We Never Change"
10. "Everything's Not Lost"
"A Rush Of Blood To The Head" - 26 de Agosto de 2002
Com o bom desempenho do primeiro álbum, o Coldplay virou prioridade. O objetivo agora era bem ambicioso: ganhar a América, manter o público Europeu e ao mesmo tempo fazer isso mantendo a credibilidade junto á crítica. E não é que eles conseguiram?
Conseguiram porque "Rush to the Blood" é o grande disco da banda, como as listas de melhores discos e de maiores vendas da década confirmam. Nesse álbum o som da banda se cristaliza, com suas baladas levadas ao piano, as letras pessoais, e algo tristes, de Chris Martin e a banda criando uma massa sonora sólida e eficaz por trás de tudo, resultando em uma música simples, de fácil apelo e direta, mas ao mesmo tempo densa e não descartável.
A sequência de sucessos e de boas canções é grande, com "In My Place", "Clocks", "The Scientist", "Politik" e a faixa título como os maiores destaques.
Com "Rush of Blood", o Coldplay se tornou uma das maiores bandas do planeta e dali em diante as coisas nunca mais seriam as mesmas.
Confira a tracklist do disco:
1. "Politik"
2. "In My Place"
3. "God Put A Smile Upon Your Face"
4. "The Scientist"
5. "Clocks"
6. "Daylight"
7. "Green Eyes"
8. "Warning Sign"
9. "A Whisper"
10. "A Rush Of Blood To The Head"
11. "Amsterdam"
"X&Y" - 06 de Junho de 2005
O terceiro disco costuma ser sempre um dos mais complicados na história de um artista. Se a estreia vende bem e o segundo não, esse é o chamado "tira-teima", e se o contrário acontece ídem. Imaginem então quando você vem de dois álbuns de sucesso? Os riscos são grandes. O que fazer? Dar sequência ao que já foi feito antes? Se reinventar e arriscar-se a de repente perder tudo? Chegar num meio termo? Mas aí você pode acabar não agradando ninguém...
Provavelmente essas dúvidas todas passaram pela cabeça da banda na hora de fazer o sucessor de "Rush of Blood", e suas mais de 7 milhões de cópias vendidas.
Não à toa, "X & Y" foi um disco de difícil gestação, a ponto de duas versões praticamente acabadas do álbum terem sido descartadas. Quando o trabalho finalmente saiu, três anos depois do seu antecessor, a recepcção foi boa.
As melodias continuavam fortes e o grupo não se meteu a fazer experimentos desnecessários só para dizer que estava inovando. Ou seja, apesar do sentimento de "já ouvi isso antes" o disco emplacou com público e também com a crítica. Até porque a banda entregou uma obra que mesmo sem ser inovadora, era digno e com momentos de brilho especialmente em "Fix You", "Talk", "What If?" e "Speed Of Sound".
O disco rendeu mais uma turnê monstruosa e os trouxe mais uma vez ao Brasil em 2006 (eles tocaram no Rio e São Paulo em 2003). Só que se três anos antes uma casa com 3 mil pessoas era o suficiente, dessa vez o ideal seria um show em um estádio. Seria, já que a banda disse que na verdade não estava excursionando e que só queria fazer algumas apresentações mais discretas para testar canções novas. Claro que os ingressos sumiram em minutos e muitos fãs ficaram choramingando. Mas no final o medo da pirataria falou mais alto, e a banda tocou somente canções dos discos já lançados. Fora esse detalhe, as apresentações foram ótimas e quem estava lá não se esquece.
Confira a tracklist do disco:
1. "Square One"
2. "What If?"
3. "White Shadows"
4. "Fix You"
5. "Talk"
6. "X & Y"
7. "Speed Of Sound"
8. "A Message"
9. "Low"
10. "The Hardest Part"
11. "Swallowed In The Sea"
12. "Twisted Logic"
"Viva La Vida Or Death And All His Friends" - 11 de Junho de 2008
Em seu mais recente álbum, o Coldplay, sentiu que deveria mudar. Essa mudança se daria com a presença de um novo produtor, ninguém menos que Brian Eno, um dos maiores visonários da história do pop e que também ajudou 14 anos antes, a dar uma nova cara ao U2, justamente no quarto disco dos irlandeses.
Mas ao contrário do que se poderia esperar, as mãos de Eno não se fizeram sentir tanto quanto era de se esperar, afinal este é um produtor conhecido por imprimir sua personalidade em todo álbum que produz ou participa - ouça os discos do U2, David Bowie, Talking Heads ou de sua banda original, o Roxy Music gravados com e sem ele e notem a diferença.
Em "Viva la Vida" o Coldplay segue fazendo o que faz de melhor, só que agora por trás da banda existe uma riqueza enorme de timbres, detalhes e efeitos que conferem uma nova riqueza ao som da banda.
Novamente o público aprovou (a crítica um pouco menos) transformando a banda numa das maiores atrações ao vivo do planeta (e como hoje em dia o grosso do dinheiro vem dos shows, isso não é pouca coisa).
Não que ele não tenha vendido, muito pelo contrário. "Viva la Vida" já conta com quase 10 milhões de cópias vendidas sendo o álbum mais comprado da história na forma de download.
Ao se ouvir canções como "Viva La Vida" e "Violet Hill" a gente logo entende o porquê da enorme popularidade do disco.
Confira a tracklist do disco:
1. "Life In Technicolor"
2. "Cemeteries Of London"
3. "Lost!"
4. "42"
5. "Lovers In Japan"
6. "Reign Of Love"
7. "Yes"
8. "Viva La Vida"
9. "Violet Hill"
10. "Strawberry Swing"
11. "Death And All His Friends"
"Prospekt's March EP" - 21 de Novembro de 2008
O mais recente lançamento da banda é um mimo para os fãs. Como o novo disco deve demorar ainda pra sair, o grupo soltou esse EP onde o eles completaram algumas músicas que não ficaram prontas para entrar no lançamento de 2008.
O disquinho pode ser comprado separadamente ou na edição de luxo de "Viva la Vida" e ainda que não acrescente muito ao trabalho original ele pelo menos segura a onda, ao contrário do que costuma acontecer com lançamentos desse tipo.
Além desses discos, a banda também tem algumas faixas inéditas lançadas em singles e EP's e conta com dois discos ao vivo (ou quase isso). "Live 2003" como o nome diz traz um show da turnê de "A Rush of Blood", mas é melhor chamá-lo um DVD com um Cd de bônus. "LeftRightLeftRightLeft" tem apenas 40 minutos e foi disponibilizado para download gratuito no site da banda e distribuído como brinde para o público dos shows.
Confira a tracklist do disco:
- "Glass Of Water"
- "Life In Technicolor II"
- "Lost+ (Feat Jay Z)"
- "Lovers In Japan (osaka Sun Mix)"
- "Now My Feet Won't Touch The Ground"
- "Postcards From Far Away"
- "Prospekt's March"
- "Rainy Day"
Aqui nesse especial nós dissecamos os álbuns do grupo, desde a estreia num já longínquo ano 2000 até o mais recente EP. Para quem vai em algum dos shows é uma boa pedida para se preparar e relembrar toda a obra da banda.
"Parachutes" - 10 de Julho de 2000
"Parachutes" saiu em um dos períodos mais incertos e difíceis da história do pop. A era do download começava e com isso o temor da indústria fonográfica. As bandas da época também pareciam perdidas em um limbo; afinal um novo milênio chegava e havia uma sensação de que novos sons e parâmetros precisavam surgir para fazer a trilha para os anos que viriam.
E o Coldplay entra onde nessa história? Basicamente entra com cautela e ambição. Para a crítica e o público indie eles soavam como mais uma banda a seguir os passos do Travis, na época a banda mais popular da Inglaterra, ainda que os toques de Radiohead da época de "The Bends" e os vocais inspirados em Jeff Buckley servisse para dar identidade à nova banda.
Mas se havia algo que de cara separava o Coldplay das outras bandas, era a presença de Chris Martin. O vocalista demonstrava potencial para se tornar um ídolo de massas no estilo Bono/Michael Stipe e ainda exibia bastante talento como compositor e vocalista. Talento esse que foi explicitado em "Yellow", o primeiro, e talvez o mais marcante, sucesso da banda.
Se eles só tivessem feito essa canção ainda assim teriam um lugarzinho garantido na história do pop. Como o resto do disco segurava a onda, especialmente em "Trouble", "Don't Panic" e na favorita dos fãs "Shiver", eles acabaram com um disco que agradou os críticos, vendeu muito, conquistou fãs ao redor do planeta e deixou a impressão generalizada de que o grupo tinha boas chances de se tornar um dos nomes chave da nova década
"Parachutes" ganhou um Grammy de melhor disco de rock alternativo e um BRIT Award de álbum do ano. Vendeu pouco mais de um milhão de cópias nos Estados Unidos, número excelente para uma banda inglesa, e 2 milhões e meio na Inglaterra, o que significa sete discos de platina. Melhor começo impossível.
Confira a tracklist do disco:
1. "Don't Panic"
2. "Shiver"
3. "Spies"
4. "Sparks"
5. "Yellow"
6. "Trouble"
7. "Parachutes"
8. "High Speed"
9. "We Never Change"
10. "Everything's Not Lost"
"A Rush Of Blood To The Head" - 26 de Agosto de 2002
Com o bom desempenho do primeiro álbum, o Coldplay virou prioridade. O objetivo agora era bem ambicioso: ganhar a América, manter o público Europeu e ao mesmo tempo fazer isso mantendo a credibilidade junto á crítica. E não é que eles conseguiram?
Conseguiram porque "Rush to the Blood" é o grande disco da banda, como as listas de melhores discos e de maiores vendas da década confirmam. Nesse álbum o som da banda se cristaliza, com suas baladas levadas ao piano, as letras pessoais, e algo tristes, de Chris Martin e a banda criando uma massa sonora sólida e eficaz por trás de tudo, resultando em uma música simples, de fácil apelo e direta, mas ao mesmo tempo densa e não descartável.
A sequência de sucessos e de boas canções é grande, com "In My Place", "Clocks", "The Scientist", "Politik" e a faixa título como os maiores destaques.
Com "Rush of Blood", o Coldplay se tornou uma das maiores bandas do planeta e dali em diante as coisas nunca mais seriam as mesmas.
Confira a tracklist do disco:
1. "Politik"
2. "In My Place"
3. "God Put A Smile Upon Your Face"
4. "The Scientist"
5. "Clocks"
6. "Daylight"
7. "Green Eyes"
8. "Warning Sign"
9. "A Whisper"
10. "A Rush Of Blood To The Head"
11. "Amsterdam"
"X&Y" - 06 de Junho de 2005
O terceiro disco costuma ser sempre um dos mais complicados na história de um artista. Se a estreia vende bem e o segundo não, esse é o chamado "tira-teima", e se o contrário acontece ídem. Imaginem então quando você vem de dois álbuns de sucesso? Os riscos são grandes. O que fazer? Dar sequência ao que já foi feito antes? Se reinventar e arriscar-se a de repente perder tudo? Chegar num meio termo? Mas aí você pode acabar não agradando ninguém...
Provavelmente essas dúvidas todas passaram pela cabeça da banda na hora de fazer o sucessor de "Rush of Blood", e suas mais de 7 milhões de cópias vendidas.
Não à toa, "X & Y" foi um disco de difícil gestação, a ponto de duas versões praticamente acabadas do álbum terem sido descartadas. Quando o trabalho finalmente saiu, três anos depois do seu antecessor, a recepcção foi boa.
As melodias continuavam fortes e o grupo não se meteu a fazer experimentos desnecessários só para dizer que estava inovando. Ou seja, apesar do sentimento de "já ouvi isso antes" o disco emplacou com público e também com a crítica. Até porque a banda entregou uma obra que mesmo sem ser inovadora, era digno e com momentos de brilho especialmente em "Fix You", "Talk", "What If?" e "Speed Of Sound".
O disco rendeu mais uma turnê monstruosa e os trouxe mais uma vez ao Brasil em 2006 (eles tocaram no Rio e São Paulo em 2003). Só que se três anos antes uma casa com 3 mil pessoas era o suficiente, dessa vez o ideal seria um show em um estádio. Seria, já que a banda disse que na verdade não estava excursionando e que só queria fazer algumas apresentações mais discretas para testar canções novas. Claro que os ingressos sumiram em minutos e muitos fãs ficaram choramingando. Mas no final o medo da pirataria falou mais alto, e a banda tocou somente canções dos discos já lançados. Fora esse detalhe, as apresentações foram ótimas e quem estava lá não se esquece.
Confira a tracklist do disco:
1. "Square One"
2. "What If?"
3. "White Shadows"
4. "Fix You"
5. "Talk"
6. "X & Y"
7. "Speed Of Sound"
8. "A Message"
9. "Low"
10. "The Hardest Part"
11. "Swallowed In The Sea"
12. "Twisted Logic"
"Viva La Vida Or Death And All His Friends" - 11 de Junho de 2008
Em seu mais recente álbum, o Coldplay, sentiu que deveria mudar. Essa mudança se daria com a presença de um novo produtor, ninguém menos que Brian Eno, um dos maiores visonários da história do pop e que também ajudou 14 anos antes, a dar uma nova cara ao U2, justamente no quarto disco dos irlandeses.
Mas ao contrário do que se poderia esperar, as mãos de Eno não se fizeram sentir tanto quanto era de se esperar, afinal este é um produtor conhecido por imprimir sua personalidade em todo álbum que produz ou participa - ouça os discos do U2, David Bowie, Talking Heads ou de sua banda original, o Roxy Music gravados com e sem ele e notem a diferença.
Em "Viva la Vida" o Coldplay segue fazendo o que faz de melhor, só que agora por trás da banda existe uma riqueza enorme de timbres, detalhes e efeitos que conferem uma nova riqueza ao som da banda.
Novamente o público aprovou (a crítica um pouco menos) transformando a banda numa das maiores atrações ao vivo do planeta (e como hoje em dia o grosso do dinheiro vem dos shows, isso não é pouca coisa).
Não que ele não tenha vendido, muito pelo contrário. "Viva la Vida" já conta com quase 10 milhões de cópias vendidas sendo o álbum mais comprado da história na forma de download.
Ao se ouvir canções como "Viva La Vida" e "Violet Hill" a gente logo entende o porquê da enorme popularidade do disco.
Confira a tracklist do disco:
1. "Life In Technicolor"
2. "Cemeteries Of London"
3. "Lost!"
4. "42"
5. "Lovers In Japan"
6. "Reign Of Love"
7. "Yes"
8. "Viva La Vida"
9. "Violet Hill"
10. "Strawberry Swing"
11. "Death And All His Friends"
"Prospekt's March EP" - 21 de Novembro de 2008
O mais recente lançamento da banda é um mimo para os fãs. Como o novo disco deve demorar ainda pra sair, o grupo soltou esse EP onde o eles completaram algumas músicas que não ficaram prontas para entrar no lançamento de 2008.
O disquinho pode ser comprado separadamente ou na edição de luxo de "Viva la Vida" e ainda que não acrescente muito ao trabalho original ele pelo menos segura a onda, ao contrário do que costuma acontecer com lançamentos desse tipo.
Além desses discos, a banda também tem algumas faixas inéditas lançadas em singles e EP's e conta com dois discos ao vivo (ou quase isso). "Live 2003" como o nome diz traz um show da turnê de "A Rush of Blood", mas é melhor chamá-lo um DVD com um Cd de bônus. "LeftRightLeftRightLeft" tem apenas 40 minutos e foi disponibilizado para download gratuito no site da banda e distribuído como brinde para o público dos shows.
Confira a tracklist do disco:
- "Glass Of Water"
- "Life In Technicolor II"
- "Lost+ (Feat Jay Z)"
- "Lovers In Japan (osaka Sun Mix)"
- "Now My Feet Won't Touch The Ground"
- "Postcards From Far Away"
- "Prospekt's March"
- "Rainy Day"