Coldplay Chris Martin no show em São Paulo (Foto: Flavio Florido/UOL)
Os fãs brasileiros esperaram e bastante. Mas o Coldplay enfim trouxe o show da turnê de seu mais recente álbum, "Viva La Vida And All His Friends".
Com o status de maior banda de arenas em atividade, ao lado de clássicos como o U2, Chris Martin e cia. chegaram para dois shows, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro.
Os fãs da banda inglesa esperavam uma performance superior às anteriores, que já haviam sido muito elogiadas.
Para os fãs do Rio, o show na Apoteose foi memorável. Porém, em São Paulo, problemas técnicos com o som marcaram a apresentação do Coldplay, que teve que compensar com muita energia em cima do palco e efeitos visuais surpreendentes, como chuva de papel picado (em formato de borboleta) e fogos ao final do espetáculo.
A set list não decepcionou ninguém. A banda manteve no início do show uma grande vibração ao apresentar alguns de seus maiores hits como "Clocks", "Yellow" e "In My Place".
Dois sucessos do último álbum da banda vieram juntos exatamente na metade do show: "Viva La Vida" e "Lost!", a primeira arrancando um coro do público, que tomou todo o estádio do Morumbi.
A noite fria em pleno verão brasileiro não desanimou o público, que cantou "Shiver" do primeiro álbum da banda, em versão acústica. Logo depois, o baterista Will Champion puxou o coro de "Parabéns pra você" para o aniversariante do dia, o vocalista Chris Martin. Ele retribuiu o gesto dizendo que não havia forma melhor de celebrar um aniversário do que ouvir 60 mil brasileiros cantando parabéns.
No bis final, a banda separou um de seus maiores sucessos: a bela "The Scientist". Antes de partir, o grupo tocou a continuação da faixa de abertura do disco "Viva La Vida...", "Life In Technicolor II".
Uma chuva de fogos de artifício coloridos finalizou o show de maneira triunfante.
Problemas com o som _______________________________________________________________________
Muitas pessoas que acompanharam o show no Morumbi reclamaram da qualidade do som. Era possível ouvir da arquibancada gritos que pediam "aumenta o som".
Coldplay Coldplay em sua 3ª visita ao Brasil (Foto: Flavio Florido/UOL)
O biomédico Paulo Nasser, de 26 anos, estava na parte esquerda da pista e concordou com parte do público insatisfeito. "Está baixo. Dá até para a gente conversar", disse.
A webdesigner Mariana Pereira, de 27 anos, foi aos shows do Rio e de São Paulo. Ela disse que a diferença de som realmente existiu.
"No Rio o show foi perfeito. Eu estava na cara do palco, vendo as gotas de suor dos caras. O som estava ótimo e pelo o que senti do público, estava bom pra todo mundo. Dava pra ouvir tudo com muita clareza. Já em São Paulo, fiquei exatamente na frente do palco auxiliar, localizado na lateral esquerda da pista normal, divisa com a pista VIP. Já deu pra sentir no show do Vanguart, primeira banda da noite, que o som estava meio baixo".
