Nenhuma década foi tão estranha para a música quanto os anos 80. Basta lembrar que se você estiver vestido de cor de abóbora ou de preto poderá estra rpestando tributo à época. Musicalmente foi uma época estranha e divertida. O barateamento dos sintetizadores catalizaram o perído. De repente era possível gravar todo um disco só com um teclado. o resultado froam grandes discos mas também uma posterior saturação. A década coincidiu com a chegada da meia idade para os ídolos dos anos 60 e 70 e eles foram os que mais sofreram. Sabe o clichê do "os discos de fulano são bons até 79 e depois voltaram a melhorar em 90 e pouco"? Pois é...
A febre dos sintetizadores acabou gerando um movimento em contrapartida com bandas defendendo a volta das guitarras ao primeiro plano. O que nos leva mais uma vez ao começo. Se você faz electropop está prestando tributo aos anos 80 e se faz rock vigoroso a la U2 também. Aqui, e nas próximas semanas, vamos contar um pouco dessa história. Hoje falamos de discos importantes para a cena rock de pegada mais alternativa com bandas que abriram caminhos e mostraram novas propostas que ainda ressoam. Nas semanas seguintes lembraremos dos megavendedores e dos melhores discos de música negra.
Murmur - R.E.M. - 1983 - É inacreditável saber que esse disco jamais foi editado no Brasil apesar do status de clássico. "Murmur" foi a estreia daquela que se tornaria uma das maiores banda do planeta nos anos seguintes, o R.E.M.. Aqui já estão presentes as características que os tornariam famosos: as boas melodias, a guitarra de timbre pessoal de Peter Buck prestando tributo aos anos 60 e as letras enigmáticas de Michael Stipe. "Murmur" saiu numa época em que a new wave o pós-punk já estavam em seus estágios finais e se buscava algo novo. Quando as rádios universitárias e a imprensa descobriram o R.E.M., foi amor à primeira vista. Assim aos poucos eles foram conquistando o seu espaço e ajudando a moldar toda uma cena americana. Junto com nomes como Replacements, Husker Du, Minutemen e Sonic Youth eles que prepararam terreno para a explosão do rock alternativo nos anos 90.
The Queen is Dead - The Smiths - 1986 - Eles duraram pouco mas gravaram bastante. Foram quatro discos e 18 singles que marcaram definitivamente os anos 80 e o pop feito depois. Se hoje em dia a ideia de marmanjos lamentando a vida não soa mais estranha, agradeçam - ou culpem - a banda do vocalista/letrista Morrissey e do guitarrista e compositor Johnny Marr. A combinação de letras confessionais, muitas vezes pontuadas por humor, com as delicadas texturas de Marr (que eram secundados por Mike Joyce e Andy Rourke) mudaram o panorama do rock da época, especialmente na Inglaterra que também estava presa entre o fim do pós-punk e as bandas mais pop como o Duran Duran. Dos discos do grupo esse é o mais completo com músicas raivosas como a faixa titulo, irônicas (Bigmouth Strikes Again) e melancólicas (I Know It's Over e a polêmica There Is A Light That Never Goes Out).
Nessa série de especiais não estamos colocando coletâneas porque iremos dedicar um texto só para elas em breve. Mas essa aqui é uma coletânea COM mais do que DE sucessos. Isso porque o New Order tinha por hábito lançar singles que não faziam parte de seus discos. A banda de Manchester foi formada pelos remanescentes do Joy Division após o sucídio de seu vocalista Ian Curtis. Ao som depressivo e soturno eles foram acrescentando doses e doses de pop e música eletrônica até se tornarem o caso raro de banda que agrada roqueiros e quem gosta de dançar. Esse álbum junta os compactos lançados até 1987, incluindo clássicos como Blue Monday e as versões definitivas de Bizarre Love Triangle e The Perfect Kiss e ainda tem um segundo cd com os lados B. Entre os álbuns de carreira do grupo, a melhor opção é "Low-life" de 1985.
The Stones Roses - The Stone Roses - 1989 - Apesar de não ser tão conhecido no Brasil esse grupo foi a principal influência para quase todo rock inglês feito desde então. Quem ouviu e tinha a idade certa com certeza ficou fascinado com as melodias, o uso inteligente de ritmos eletrônicos e o clima sessentista que permeava o álbum. Some a isso as letras do tipo "ninguém pode nos deter" de Ian Brown e você tinha a banda perfeita. Os Stone Roses poderiam ter sido a maior banda do mundo, mas uma série de problemas minaram as chances do grupo. O maior foi a briga com a gravadora que atrasou por anos o lançamento do segundo disco que só saiu em fim de 1994. Aí tanta coisa já tinha acontecido (grunge, tecno, britpop...) que a banda já não tinha muita razão de existir. Mas esse disco aqui foi ouvido com muita atenção por gente como os irmãos Gallagher, Chris Martin, Thom Yorke...
Doolitle Pixies - 1989 - Mais uma banda que não fez o sucesso merecido mas que abriu muitos caminhos. Sabe quando você escuta uma música que começa bem barulhenta, aí fica leve e volta a explodir no refrão? Você está ouvindo uma banda influenciada direta ou indiretamente pelos Pixies. Basta lembrar de Kurt Cobain ao dizer que Smells Like Teen Spirit era uma cópia deles. A banda liderada por Black Francis (ou Frank Black em carreira solo) contava também com Kim Deal (mais tarde das Breeders, Joey Santiago e Dave Lovering. os principais discos são o EP de estreia "C'Mon Pillgrim" e "Surfer Rosa", ambos mais selvagens. Doolittle mantém a pegada, mas tem um lado mais pop que o torna mais atraente para outros públicos. A banda se separou em 1993 e desde meados da década passada se juntam para shows. Eles tocam no SWU Festival em outubro. Imperdível é pouco.
A febre dos sintetizadores acabou gerando um movimento em contrapartida com bandas defendendo a volta das guitarras ao primeiro plano. O que nos leva mais uma vez ao começo. Se você faz electropop está prestando tributo aos anos 80 e se faz rock vigoroso a la U2 também. Aqui, e nas próximas semanas, vamos contar um pouco dessa história. Hoje falamos de discos importantes para a cena rock de pegada mais alternativa com bandas que abriram caminhos e mostraram novas propostas que ainda ressoam. Nas semanas seguintes lembraremos dos megavendedores e dos melhores discos de música negra.
Murmur - R.E.M. - 1983 - É inacreditável saber que esse disco jamais foi editado no Brasil apesar do status de clássico. "Murmur" foi a estreia daquela que se tornaria uma das maiores banda do planeta nos anos seguintes, o R.E.M.. Aqui já estão presentes as características que os tornariam famosos: as boas melodias, a guitarra de timbre pessoal de Peter Buck prestando tributo aos anos 60 e as letras enigmáticas de Michael Stipe. "Murmur" saiu numa época em que a new wave o pós-punk já estavam em seus estágios finais e se buscava algo novo. Quando as rádios universitárias e a imprensa descobriram o R.E.M., foi amor à primeira vista. Assim aos poucos eles foram conquistando o seu espaço e ajudando a moldar toda uma cena americana. Junto com nomes como Replacements, Husker Du, Minutemen e Sonic Youth eles que prepararam terreno para a explosão do rock alternativo nos anos 90.
The Queen is Dead - The Smiths - 1986 - Eles duraram pouco mas gravaram bastante. Foram quatro discos e 18 singles que marcaram definitivamente os anos 80 e o pop feito depois. Se hoje em dia a ideia de marmanjos lamentando a vida não soa mais estranha, agradeçam - ou culpem - a banda do vocalista/letrista Morrissey e do guitarrista e compositor Johnny Marr. A combinação de letras confessionais, muitas vezes pontuadas por humor, com as delicadas texturas de Marr (que eram secundados por Mike Joyce e Andy Rourke) mudaram o panorama do rock da época, especialmente na Inglaterra que também estava presa entre o fim do pós-punk e as bandas mais pop como o Duran Duran. Dos discos do grupo esse é o mais completo com músicas raivosas como a faixa titulo, irônicas (Bigmouth Strikes Again) e melancólicas (I Know It's Over e a polêmica There Is A Light That Never Goes Out).
Nessa série de especiais não estamos colocando coletâneas porque iremos dedicar um texto só para elas em breve. Mas essa aqui é uma coletânea COM mais do que DE sucessos. Isso porque o New Order tinha por hábito lançar singles que não faziam parte de seus discos. A banda de Manchester foi formada pelos remanescentes do Joy Division após o sucídio de seu vocalista Ian Curtis. Ao som depressivo e soturno eles foram acrescentando doses e doses de pop e música eletrônica até se tornarem o caso raro de banda que agrada roqueiros e quem gosta de dançar. Esse álbum junta os compactos lançados até 1987, incluindo clássicos como Blue Monday e as versões definitivas de Bizarre Love Triangle e The Perfect Kiss e ainda tem um segundo cd com os lados B. Entre os álbuns de carreira do grupo, a melhor opção é "Low-life" de 1985.
The Stones Roses - The Stone Roses - 1989 - Apesar de não ser tão conhecido no Brasil esse grupo foi a principal influência para quase todo rock inglês feito desde então. Quem ouviu e tinha a idade certa com certeza ficou fascinado com as melodias, o uso inteligente de ritmos eletrônicos e o clima sessentista que permeava o álbum. Some a isso as letras do tipo "ninguém pode nos deter" de Ian Brown e você tinha a banda perfeita. Os Stone Roses poderiam ter sido a maior banda do mundo, mas uma série de problemas minaram as chances do grupo. O maior foi a briga com a gravadora que atrasou por anos o lançamento do segundo disco que só saiu em fim de 1994. Aí tanta coisa já tinha acontecido (grunge, tecno, britpop...) que a banda já não tinha muita razão de existir. Mas esse disco aqui foi ouvido com muita atenção por gente como os irmãos Gallagher, Chris Martin, Thom Yorke...
Doolitle Pixies - 1989 - Mais uma banda que não fez o sucesso merecido mas que abriu muitos caminhos. Sabe quando você escuta uma música que começa bem barulhenta, aí fica leve e volta a explodir no refrão? Você está ouvindo uma banda influenciada direta ou indiretamente pelos Pixies. Basta lembrar de Kurt Cobain ao dizer que Smells Like Teen Spirit era uma cópia deles. A banda liderada por Black Francis (ou Frank Black em carreira solo) contava também com Kim Deal (mais tarde das Breeders, Joey Santiago e Dave Lovering. os principais discos são o EP de estreia "C'Mon Pillgrim" e "Surfer Rosa", ambos mais selvagens. Doolittle mantém a pegada, mas tem um lado mais pop que o torna mais atraente para outros públicos. A banda se separou em 1993 e desde meados da década passada se juntam para shows. Eles tocam no SWU Festival em outubro. Imperdível é pouco.