Por Leandro Saueia
Elton John costuma dizer que os artistas em geral têm um pique de criatividade de uns quatro ou cinco anos que nunca se repete por mais que se tente buscar esse período fértil.
Após esse período ele passou por problemas com o álcool, virou cantor de baladas, tentou sobreviver nos anos 80 e desde os anos 90 emplaca um ou outro hit. Já a fama de fazer um dos shows mais divertidos do planeta nunca o abandonou e foi isso o que ele mostrou ontem no Credicard Hall em sua quarta visita ao país. A primeira, para quem não sabe, foi em 1974 quando os brasileiros finalmente presenciaram um megashow de rock. Algo até então só visto em filmes.
Alice ainda usa e abusa dos recursos teatrais mas a produção é propositadamente kitsch não lembrando em nada os cenários sofisticados dos mega-shows. Não deixa de ser uma forma de dizer que apesar de toda a parafernália o que importa mesmo é a música. E essa veio com força, potente e musculosa, graças à boa banda que o acompanha com três guitarristas - incluindo o veterano dos anos 70 Steve Hunter.
Em Feed My Frankenstein o cantor se "transforma" em um monstro gigante (maldosamente comparado a um boneco de Olinda por alguns fã mais bem humorados). Outro bom momento foi a balada (a única da noite) Only Women Bleed com a tradicional dança com uma boneca.
A "ressurreição" não demora muito e vem com School's Out (com um trechinho de Another Brick In The Wall, Pt. 2 do Pink Floyd) e foi lindo ver a plateia cheia de cinquentões - muitos com seus filhos - com os punhos no ar celebrando o fim das aulas.
Pro bis ficaram a inevitável Elected e uma boa cover de Fire de Jimi Hendrix fechando de vez o concerto.
Alice Cooper se apresenta ainda hoje dia 3 de junho, no Rio de Janeiro. Para quem gosta de rock alto e divertido fica a dica para dar uma passada no Citibank Hall logo mais.
Não deixe de conferir a página do membro do Hall da Fama do Rock Alice Cooper no Vagalume.
Elton John costuma dizer que os artistas em geral têm um pique de criatividade de uns quatro ou cinco anos que nunca se repete por mais que se tente buscar esse período fértil.
Rafael Koch Rossi
No caso de Alice Cooper ele viveu esse momento entre 1969 e 1973 quando soltou uma série de quatro discos que fã nenhum de rock n' roll deveria passar sem e que até hoje formam a base de seus shows.Após esse período ele passou por problemas com o álcool, virou cantor de baladas, tentou sobreviver nos anos 80 e desde os anos 90 emplaca um ou outro hit. Já a fama de fazer um dos shows mais divertidos do planeta nunca o abandonou e foi isso o que ele mostrou ontem no Credicard Hall em sua quarta visita ao país. A primeira, para quem não sabe, foi em 1974 quando os brasileiros finalmente presenciaram um megashow de rock. Algo até então só visto em filmes.
Alice ainda usa e abusa dos recursos teatrais mas a produção é propositadamente kitsch não lembrando em nada os cenários sofisticados dos mega-shows. Não deixa de ser uma forma de dizer que apesar de toda a parafernália o que importa mesmo é a música. E essa veio com força, potente e musculosa, graças à boa banda que o acompanha com três guitarristas - incluindo o veterano dos anos 70 Steve Hunter.
Rafael Koch Rossi
O show não tem muito segredo é formado por uma sequência de hits ou faixas clássicas de seu repertório e uma ou outra novidade. O melhor fica para o miolo com a sequência que junta I'm Eighteen, Under My Wheels, Billion Dollar Babies e No More Mr. Nice Guy.Em Feed My Frankenstein o cantor se "transforma" em um monstro gigante (maldosamente comparado a um boneco de Olinda por alguns fã mais bem humorados). Outro bom momento foi a balada (a única da noite) Only Women Bleed com a tradicional dança com uma boneca.
Rafael Koch Rossi
O climax continua sendo o momento em que ele é "guilhotinado" - dessa vez ao som de uma trecho de Killer. Após a sua "morte" a banda emenda o refrão da ode à necrofilia I Love The Dead.A "ressurreição" não demora muito e vem com School's Out (com um trechinho de Another Brick In The Wall, Pt. 2 do Pink Floyd) e foi lindo ver a plateia cheia de cinquentões - muitos com seus filhos - com os punhos no ar celebrando o fim das aulas.
Pro bis ficaram a inevitável Elected e uma boa cover de Fire de Jimi Hendrix fechando de vez o concerto.
Alice Cooper se apresenta ainda hoje dia 3 de junho, no Rio de Janeiro. Para quem gosta de rock alto e divertido fica a dica para dar uma passada no Citibank Hall logo mais.
Não deixe de conferir a página do membro do Hall da Fama do Rock Alice Cooper no Vagalume.