Yesterday - 1965
Lançada em 1965 "Yesterday" imediatamente se tornou mais do que um sucesso, um verdadeiro standart sendo regravada inúmeras vezes. Uma canção dos Beatles com muito pouco da banda (apenas Mccartney está presente na gravação acompanhado por um quarteto de cordas) a faixa chegou a ser contestada pelos outros integrantes na época e mesmo Macca não estava exatamente 100% confiante em sua criação - ele conta que sonhou com a melodia e que por vários meses tocou a canção para seus amigos para ver se ninguém a reconhecia de algum outro lugar, já que ele não acreditava que pudesse ter criado tal música.
Hey Jude - 1968
Outra das canções imortais de McCartney, "Hey Jude" segue como o momento mais intenso de seus shows mais de quatro décadas depois de seu lançamento. Escrita para Julian Lennon - o filho de John - que estava sofrendo com a separação de seus pais. A canção se tornou um hino de esperança ao redor do planeta e é um caso raro de canção que não enjoa por mais que você a ouça. O próprio John Lennon concordou já que ele disse em mais de uma ocasião que essa foi a melhor canção escrita pelo seu parceiro (apesar dos dois assinarem as composições dos Beatles, poucas músicas de "Lennon e McCartney" foram realmente escritas pela dupla.
Maybe I'm Amazed - 1970
Provavelmente a melhor canção escrita por Paul em sua carreira solo "Maybe I'm Amazed" é uma arrebatadora canção de amor daquelas que só se faz quando se está muito apaixonado - e se tem talento naturalmente. Escrita quando os Beatles estavam para se separar, a música foi dedicada à Linda McCartney que ajudou Paul a atravessar os momentos mais do que complicados que antecederam a separação definitiva do quarteto de Liverpool.
Curiosamente a versão original da música nunca foi lançada em compacto, o que não impediu que ela se tornasse um dos maiores sucessos da carreira de McCartney.
Band On The Run - 1973
McCartney foi bastante atacado quando lançou seus primeiros álbuns. Para boa parte do público e da crítica seus trabalhos estariam bem abaixo do seu talento. Claro que opção por lançar discos quase que caseiros com faixas improvisadas - o que faz dele um improvável precursor do som lo-fi - não era exatamente popular. Menos popular ainda foi sua decisão de montar uma outra banda os Wings que, verdade seja dita, era tudo menos uma "banda". O músico só calou de vez seus críticos com "Band on the Run". O disco de 1973 é considerado seu melhor álbum solo e mais da metade dele ainda hoje é parte obrigatória em seus shows.
Sing The Changes - 2008
Apesar de ser conhecido como o "Beatle comercial", Paul McCartney também tem sua faceta experimental. Em 1993 as lojas receberam um disco misterioso de música tecno creditada ao grupo "The Fireman" que depois soube-se que tinha sido obra de Paul e do produtor Youth. A dupla lançou mais dois discos sendo "Electric Arguments" de 2008 o mais recente deles. Dessa vez Macca deixou seu lado de melodista aflorar e o resultado dessa mistura entre o pop e o radical foi um de seus melhores discos. "Sing The Changes" com seu ritmo insistente, letra pra cima e melodia marcante é das melhores músicas de sua safra recente.
Não deixe de conferir as páginas de Paul MCCartney e dos Beatles aqui no Vagalume, para se aprofundar mais na carreira desse nome fundamental para a música do século 20.