Vagalume

O mês de outubro se mostrou bastante interessante em relação aos lançamentos discográficos. O período foi especialmente bom para os fãs de rock clássico com os belos discos de Neil Young, Kiss e ZZ Top. Mas não ficamos só por aí. Artistas estabelecidos como Muse e Taylor Swift também mostraram serviço com álbuns elogiados e de enorme sucesso. Para quem está atrás de novidades vale ficar de olho no Tame Impala e no ótimo "The Haunted Man" de Bat For Lashes. Finalmente defendendo as cores brasileiras temos Nando Reis e a nossa diva maior Ivete Sangalo.

Taylor Swift - Red

Taylor Swift
Um dos principais lançamentos do ano, "Red" é o quarto disco de Taylor Swift. O disco traz a cantora saindo da sonoridade country pop pela qual ficou conhecida, adicionando elementos pop e até eletrônicos a suas músicas.

O disco foi bem recebido pela crítica e foi um sucesso absoluto de vendas. Com 1,2 milhão de cópias, "Red" foi o disco mais vendido em sua semana de estreia, desde 2002, quando Eminem vendeu 1,3 milhão de cópias de seu "The Eminem Show".

A cantora também fez muito sucessos nas paradas de singles com a primeira música de trabalho. "We Are Never Ever Getting Back Together" ficou em primeiro lugar na parada norte americana!

Calvin Harris - 18 Months

Calvin Harris
O terceiro álbum do DJ e produtor superstar Calvin Harris mostra que a moral dele segue em alta. "18 Months" estreou direto no topo da parada britânica vendendo mais de 50 mil cópias logo de cara. Prova de que a música eletrônica para as massas praticada por ele continua agradando.

Praticamente uma coleção de singles de sucesso "18 Months" traz as vitoriosas colaborações de Harris ao lado de gente como Rihanna, Florence Welch e Ne-Yo. O resultado é um disco eufórico e pulsante que, por isso mesmo, pode decepcionar que busca um pouco mais de mudanças de clima dentro de um mesmo álbum. Já para quem quer se divertir sem maiores encucações "18 Months" é o disco perfeito.

Muse - The 2nd Law

Muse
O Muse segue firme em sua proposta de se tornar a banda mais épica e exagerada de todos os tempos. Uma missão um tanto complicada dada a competição - Queen, Pink Floyd, Led Zepellin e boa parte das bandas mais populares da história. Mas o trio justiça seja feita, vai se dando bem na missão.

Primeiro porque eles sabem que é preciso boas canções e alguma "humanidade" para que tudo não se transforme num mero show de luzes e telas com a música funcionando de pano de fundo. Matt Bellamy continua afiado para compor e o disco de cara soa bem melhor que "The Resistence" o álbum de 2009 - esse sim talvez um pouco mais exagerado do que deveria ser.

O disco foi elogiado pela crítica, mesmo a mais "adulta", e o público nem precisa dizer abraçou o álbum com paixão - ele ficou em primeiro ou segundo lugar em dezenas de países.
Para quem já gostava da banda "The 2nd Law" é um banquete. Quem nunca curtiu, ou pegou bode dos caras após os discos recentes, vale a pena dar uma conferida.

Kiss - Monster

Kiss
E lá se vão quase quarenta anos desde que os mascarados decolaram rumo ao sucesso. Nesse tempo o Kiss virou uma máquina de fazer dinheiro e conseguiu manter-se em evidência mesmo nos períodos de baixa - os anos 80.

"Monster" é o vigésimo disco de estúdio da banda e mostra que Gene Simmons ainda vai cuspir muito sangue de mentira nos palcos do planeta.

"Monster" é um disco bem pesado e nunca deixa de soar 2012, mas basta uma rápida escutada para ver que a alma dele pertence aos anos 70, época em que o quarteto lançou seus melhores álbuns. Melhor ainda é saber que eles estarão novamente no Brasil em novembro. Para quem nunca nunca conferiu o grupo ao vivo vale a pena. Se tem uma banda no mundo que sabe fazer shows inesquecíveis ela se chama Kiss.

Ellie Goulding - Halcyon

Ellie Goulding
Ver uma artista como Ellie Goulding fazendo sucesso entre o grande público deveria ser causa para celebração mesmo entre os que não gostam dela ou de sua música. Isso porque Ellie prova que ainda é possível penetrar no mainstream mesmo com um som completamente pessoal e de difícil assimilação.

Podemos dizer que Ellie faz parte de uma turma de artistas que inclui Florence Welch e Bat For Lashes que também é destaque desse especial, todas dedicando-se a fazer um som que mesmo misterioso e aberto a diversas sonoridades e experimentos não perde sua veia pop. Não é de se admirar que Kate Bush e Bjork sejam influências confessas de todas elas.

"Halcyon" chegou ao segundo posto da parada britânica e surpreendentemente no top 10 americano. A música de Goulding não é obviamente para todo mundo - a voz dela é um gosto adquirido e as melodias e arranjos causam certa estranheza especialmente aos ouvidos acostumados com música pop mais redondinha. Mesmo se esse for o seu caso, vale a pena ouvir com atenção e várias vezes já que esse é daqueles trabalhos que se revelam com o tempo.

Swedish House Mafia - Until Now

Swedish House Mafia
O Swedish House Mafia lançou sua segunda compilação, "Until Now". Esse disco marca um hiato do trio de Djs, que irão trabalhar em novos projetos.

O disco não fez feio nas paradas internacionais. "Until Now" chegou ao topo da parada no Reino Unido e ficou na 14ª colocação nos Estados Unidos.

Entre os destaques do álbum, vale a pena ouvir o primeiro single, "Save The World (feat. John Martin). A faixa garantiu à dupla o primeiro lugar na parada Dance da Billboard e a décima colocação na parada de singles britânica.

Leona Lewis - Glassheart

Leona Lewis
Leona Lewis continua bastante querida pelos britânicos, ainda que sua fama não consiga ultrapassar as barreiras do Reino Unido. O terceiro disco da cantora estreou bem nas paradas de lá chegando a um honroso terceiro lugar. Contando com um time enorme de produtores, "Glassheart" é aquele disco que funciona bem nas pistas e e iPods.

Aqui a cantora também aproveitou para dar vazão a seu lado mais experimental. Kate Bush - que parece ser o nome da vez quando o assunto são cantoras inglesas - foi citada como fonte de inspiração assim como a dupla oitentista Tears For Fears. Ainda que o álbum não seja tão soturno quanto a cantora fez crer que ele seria, "Glassheart" de fato soa bem diferente do esperado em vários momentos.Será que o resto do mundo agora vai embarcar na viagem da cantora? É esperar para ver.

Kylie Minogue - The Abbey Road Sessions

Kylie Minogue
Parte das celebrações dos 25 anos de carreira de Kylie Minogue esse é um disco inusitado e, verdade seja dita, é o tipo de trabalho que poderia ter dado muito errado.

Afinal quem imaginava que as canções ultra-pop da cantora poderiam receber arranjos orquestrais e ainda assim manterem-se não só interessantes, mas principalmente com relevância? Mas não é que no final a coisa funcionou.

Gravado como o próprio nome diz, no lendário estúdio "Abbey Road", em clima de show, Kylie deu aos seus fãs um presente que talvez eles nem estivessem esperando. As novas versões podem não superar as originais, mas quase todas acabam revelando novas,e boas, nuances. Como cantora ela também segue cada vez e melhor e para completar temos também "Flower" que mostra que os próximos 25 anos poderão ser tão bacanas quanto as primeiras duas décadas e meia de carreira da estrela.

Ivete Sangalo - Real Fantasia

Ivete Sangalo
O mês de outubro marcou a volta de Ivete Sangalo nossa maior estrela pop. Não que ela tenha ficado exatamente sumida, já que além dos shows sempre lotados ela também se arriscou como atriz na novela "Gabriela".

"Real Fantasia" traz novamente a cantora se dedicando aos mais variados ritmos e estilos - um pouco de axé, outro tanto de pop, mais uma boa dose de MPB e algumas baladas e a receita está pronta e no ponto. Desta vez a baiana ainda botou um temperinho especial no prato ao chamar ninguém menos que Shakira para um dueto em "Dançando"

Quem gosta dela vai adorar o disco e quem nunca curtiu provavelmente vai seguir ignorando. Ainda que mesmo estes cada vez mais estejam dando o braço a torcer diante da competência, talento e profissionalismo da cantora.

Nando Reis - Sei

Nando Reis
Há alguns meses Nando Reis havia se mostrado decepcionado com nosso atual mercado. A reclamação tinha razão de ser, afinal de que adianta você se matar para fazer um álbum de inéditas para no final quase ninguém se importar?

Na verdade esse é um dilema que atinge boa parte dos artistas com vários anos de estrada. Alguns lidam bem com a situação, outros conseguem a rara proeza de continuarem chamando a atenção para seus novos discos - Bob Dylan ou Caetano Veloso por exemplo - e outros como é o caso de Nando acabam ficando num meio termo.

Felizmente o cantor e compositor acabou deixando as queixas pra trás e resolveu voltar a mão na massa. O resultado disso tudo foi "Sei" está sendo lançado de forma independente com uma estratégia semelhante à usada pelo Radiohead há alguns anos. O público é que irá decididno quanto o disco vale após ouvi-lo no site do artista.

Gravado com o produtor Jack Endino (que produziu o primeiro álbum do Nirvana e já havia trabalhado com os Titãs), o disco traz a tradicional mistura de rock, pop e MPB que tornou Nando um dos compositores mais queridos do Brasil. Mas tudo aqui soa com mais punch e pegada - exatamente o que ele estava buscando ao resolver gravar no exterior. "Sei" dessa forma desponta como um dos raros bons discos, de pop rock brasileiro lançados em 2012.

Mika - The Origin Of Love

Mika
Após ter sido lançado primeiramente na França, onde o cantor conta com seu maior fã-clube, o terceiro álbum de Mika ganhou lançamento internacional.

"The Origin Of Love" pode ser chamado do "álbum maduro" do cantor e compositor. O pop e a música dançante ainda se fazem presentes, mas a melancolia de certas faixas do álbum é palpável - e muito bem vinda, afinal ninguém consegue ser alegre o tempo inteiro como diria Wander Wildner.

Como todo trabalho um pouco mais difícil, "The Origin Of Love" foi recebido com certa frieza pelo público. Até o momento o disco só emplacou mesmo na França, mas Mika fez um trabalho mais do que digno e que merece ser conferido.

Stone Sour - House of Gold & Bones Part One

Stone Sour
A década passada viu o surgimento de filmes divididos em partes - não confundir com sequências. Como muitas vezes havia muito mais para se mostrar do que nas duas horas de uma projeção, os estúdios e diretores então passaram a dividir a história em mais de um filme. Foi assim com "Kill Bill" ou mesmo "O Senhor Dos Anéis". Parece que agora quem entrou nessa onda foram as bandas de rock. Depois do Green Day e seus três discos de lançamento quase simultâneo, agora quem faz algo semelhante é o Stone Sour.

A outra banda de Corey Taylor e Jim Root do Slipknot lançou "House of Gold & Bones ? Part 1" agora em outubro e já anunciou a segunda parte para o início do ano que vem.

Com um título desses já fica na cara que o trabalho é conceitual e complicado, ainda que o resultado final seja mais direto do que aquele das bandas progressivas dos anos 70 que adoravam essa viagem de álbuns com conceito. Taylor disse que o trabalho é uma mistura de "The Wall" do Pink Floyd com "Dirt" do Alice In Chains.

A mistura parece ter dado certo. Toda a imprensa especializada em rock pesado foi unânime em elogiar o disco - teve crítico colocando-o no mesmo patamar de "Master Of Puppets" (Metallica) e outros clássicos do hard rock e metal e outro prevendo que 2013 pode muito bem se tornar "o ano do Stone Sour. Será que é pra tanto? Bom, independentemente disso, está claro que se sons mais pesados fazem a sua cabeça, o álbum merece ser ouvido com atenção. Depois é esperar o tempo passar para ver se os críticos estavam certos.

Papa Roach - The Connection

Papa Roach
A banda de rock norte americana Papa Roach lançou seu novo álbum, "The Connection". Este é o sétimo disco da banda, que ficou bastante conhecida com os sucessos "Last Resort" e She Loves Me Not".

O vocalista Jacoby Shaddix disse que o álbum é um redescobrimento dos elementos básicos do Papa Roach. O cantor também falou sobre o significado do título do álbum "The Connection", citando a conexão do grupo com sua música, da música com os fãs, e de fã para fã pela Internet pelo mundo.

O primeiro single deste novo trabalho da banda é a faixa "Still Swingin. A música traz uma sonoridade que certamente vai agradar os fãs do Papa Roach.

Bridgit Mendler - Hello My Name Is...

Bridgit Mendler
A jovem estrela da série da Disney "Boa Sorte, Charlie!" chega ao seu disco de estreia que traz aquele mix bem conhecido de batidas dançantes, riffs roqueiros com um pé no bubblegum e farto uso do auto-tune. Ou seja, nada de abalar as estruturas mas que também não compromete e nem ofende.

Bridgit esforça-se para mostrar que não é apenas mais uma cantora controlada por seus empresários e produtores. Todas as faixas de "Hello My name Is..." contam com sua participação como compositora, algo que definitivamente deixa o trabalho todo com uma certa marca pessoal. O disco chegou no top 30 americano e tem potencial para atingir um público maior ao redor do mundo. Até porque a série estrelada por ela é bastante popular entre os adolescentes.

Tame Impala - Lonerism

Tame Impala
O indie estava precisando de uma banda como o Tame Impala para dar uma sacudida nessa cena que parece um tanto perdida. E esses australianos que recentemente estiveram no Brasil, conseguiram isso fazendo um som que sabe dosar passado e futuro e simplicidade e sofisticação.

"Lonerism" é o segundo do trio (quarteto ao vivo) e é ainda melhor que "Innerspeaker", a estreia que fez com que eles fossem notados mundo afora.

As influências de rock psicodélico seja de raíz ou de bandas que embarcaram na viagem posterioremente, segue lá, mas de forma mais enxuta, o que deve facilitar o grupo a atingir mais ouvidos.

Elogiadíssimo pela crítica - podem esperar a presença dele nas listas de fim de ano. "Lonerism" também foi bem aceito pelo público. Na Austrália ele chegou no topo da parada, mas o grupo também vai alcançando o grande público inglês (lá o disco chegou ao 14° lugar) e mesmo o americano, sempre o mercado mais complicado.

Jake Bugg - Jake Bugg

Jake Bugg
Com apenas 18 anos Jake Bugg está sendo vendido como uma espécie de garoto prodígio capaz de sacudir o indie rock britânico. O garoto se tornou conhecido quando ganhou um concurso da BBC para se apresentar no Glastonbury Festival de 2011. Desde então a estrela dele só fez crescer, conquistando a atenção de público, críticos e até de ídolos como Noel Gallagher que o convidou para abrir alguns de seus shows.

Com toda essa máquina a seu favor era óbvio que o disco de estreia de Jake iria causar barulho. E causou mesmo chegando no topo da parada britânica. Ainda que o som dele não traz nada de muito novo Bugg ao menos se credencia para dar prosseguimento a uma linhagem de pop inglês que vem desde o Jam nos anos 70 e passa por Smiths, Oasis, Libertines e Arctic Monkeys. A dúvida agora é sobre se ele conseguirá amadurecer e deixar de ser só uma promessa. Mas isso fica para depois. Por ora basta saber que a estreia de Jake Bugg é bastante promissora.

Neil Young - Psychedelic Pill

Neil Young
O bom de ser uma lenda é que você pode fazer o que bem entender e quando quiser. Neil Young sabe disso e assim continua em sua trilha sempre tortuosa. "Psychedelic Pill" é o segundo álbum que ele lança esse ano. Mas se "Americana" trazia apenas regravações de canções tradicionais esse aqui tem apenas canções inéditas.

Novamente reunido com a Crazy Horse, com quem ele gravou álbuns antológicos desde 1969, "Psychedelic Pill" chega metendo o pé na prota e exigindo muita disposição do ouvinte. "Driftin' Back já abre o disco quase meia hora - tempo mais do que suficiente para a banda se soltar em grandes jams - e o álbum ainda tem mais duas músicas que passam dos 15 minutos.

Mas calma que o cd duplo ou vinil triplo, também tem coisas mais amenas e normais como atestam as boas "Born In Ontario" e principalmente a nostálgica "Twisted Road". Em seu trigésimo quinto álbum de estúdio Neil Young continua surpreendendo. Afinal ninguém ganha o status de lenda por acaso.

Lawson - Chapman Square

Lawson
Esse jovem quarteto britânico está causando furoro na Inglaterra com seu pop redondinho e bem feito. "Chapman Square" estreou no quinto lugar da parada britânica e tem toda a pinta de que vai vender ainda mais nos próximos meses e mesmo expandir esse sucesso para outras partes do globo.

Trazendo todos os singles que os popularizaram na terra da rainha e mais outros sucessos em potencial, "Chapman Square" leva a crer que os dias em que eles faziam as vezes de "banda de abertura" para nomes como The Wanted e Avril Lavigne logo ficarão no passado.

Matt Cardle - The Fire

Matt Cardle
O vencedor da sétima edição do programa X Factor, no Reino Unido, Matt Cardle lançou seu segundo álbum, intitulado "The Fire".

Esse novo trabalho garantiu a Cardle seu segundo disco entre os dez mais vendidos na parada britânica. "The Fire" também conseguiu boas críticas, além de ser sucesso com o público.

O primeiro single do disco, "It's Only Love" foi destaque no Hot Spot do Vagalume!

O novo álbum de Matt Cardle também traz uma cover, "The First Time I Ever Saw Your Face" do cantor de folk Ewan MacColl.

ZZ Top - La Futura

ZZ Top
Fazia tempo que o trio de dois barbudos e um bigodudo (que curiosamente tem o sobrenome Beard - Barba) estavam devendo um disco assim, cru, pesado e sacana. Mais uma vez o salvador da pátria tem um nome e ele se chama Rick Rubin.

O produtor está cada vez mais se mostrando um mestre na arte de tirar o melhor de astros que andam meio sem rumo. Foi assim com Johny Cash e até com o Metallica e está sendo agora com o ZZ Top.

"La Futura" traz de volta o blues rock do trio como era nos anos 70, antes deles se tornaram astros da MTV com seus clipes impagáveis. Já teve gente chamando o disco de melhor álbum de hard rock do ano. E olha, periga eles estarem bem certos.

Bat For Lashes - The Haunted Man

Bat For Lashes
Mais um disco que deverá frequentar as lista de grandes lançamentos de 2012, "The Haunted Man" é o terceiro disco de Natasha Khan que grava sob o nome Bat For Lashes.

O trabalho não é daqueles que pegam o ouvinte de primeira. Ou seja, é preciso ouvi-lo repetidas vezes para entrar no clima. Mas aos poucos o ouvinte começa a perceber os detalhes dos arranjos, a força das melodias com forte influência de Kate Bush, a força das interpretações e finalmente ele acaba fisgado pelo disco.

Electric Light Orchestra - The Best Of E.L.O.

Electric Light Orchestra
A ideia a princípio pode soar meio sem sentido. Afinal porque diabos alguém regravaria seus maiores sucessos nota por nota? Pois foi exatamente isso que Jeff Lynne fez nesse disco em que regrava boa parte dos maiores hits da Electric Light Orchestra, o grupo que ele liderou nos anos 70.

Lynne, que se tornou um mega produtor na década de 80 e 90, disse que resolveu regravar tudo porque sempre que ouvia os discos antigos ele sentia que poderia fazer melhor hoje em dia com toda a experiência que ganhou. Dessa forma é difícil julgar o resultado final. Para os ouvidos leigos as novas versões não soarão tão diferentes das originais, mas também é inegável o talento de Jeff. Se você já era fã do cara, com certeza vai se divertir. Se nunca ouviu a mistura de Beatles, sons orquestrados e muita pompa que a banda praticava nos anos 70, o trabalho funciona como boa introdução.

Paralelamente a esse disco o músico também está lançando um outro álbum. "Long Wave" é formado por covers de canções da era pré rock, um pouco como fez Paul McCartney em seu "Kisses On The Bottom".