O especial dessa semana está bem mais pesado que de costume, prova disso é logo de cara, já trazermos o terceiro álbum dessa banda que, mesmo sendo inglesa, faz muito mais sucesso nos Estados Unidos.
Para quem não conhece, o Asking Alexandria é uma das bandas mais competentes a fazer o chamado "metalcore" - aquela mistura de heavy metal, hardcore e toques de música eletrônica com vocais que misturam berros e passagens mais melódicas. Mas vale dizer que o Asking Alexandria se diferencia das outras inúmeras bandas que fazem esse tipo de som.
A razão principal vem do fato do grupo também ser grande fã de rock clássico e isso poder ser sentido em sua música, especialmente nesse álbum que traz o grupo visivelmente mais maduro.
"From Death to Destiny" deverá agradar os fãs da banda, mas tem potencial para ampliar esse fã-clube.
Continuando na mesma vibe, temos mais um grupo bem pesado. Este é o quarto trabalho desta banda de Los Angeles que definitivamente não é para todos ouvidos. Mas para quem está a fim de um bom álbum de heavy metal, este disco, que está no top 10 americano, é uma ótima pedida.
O legal do Five Finger Death Punch é que eles juntam as características do metal moderno, ao lado mais clássico do gênero - não a toa o álbum tem as participações pra lá de especiais de Rob Halford e do nosso Max Cavalera.
Para quem ouvir e gostar, mais uma boa notícia: essa é só a primeira parte do álbum - a segunda está prometida para sair ainda em 2013.
Mudando radicalmente de estilo destacamos agora o novo disco dessa dupla de Nashville que faz um som tão soturno e despido de cores quanto a capa desse seu segundo álbum.
É capaz que alguns fãs de Taylor Swift conheçam o duo formado por Joy Williams e John Paul White, por causa de "Safe & Sound (feat. The Civil Wars)" que eles gravaram para a trilha de "Jogos Vorazes". Mas o som aqui passa bem longe do country pop de Taylor, e exige bem mais, emocionalmente falando, do ouvinte.
A música do Civil Wars é predominantemente acústica e busca inspiração no folk e música country de raiz, com seus contos de amores acabados e vidas sem rumo. Para completar o cenário desolador, a dupla também não se entende muito bem.
Basta dizer que o disco acabou de sair e ao invés de estarem divulgando o álbum, eles enviaram uma nota para a imprensa falando que o grupo estava em um "hiato indefinido" pois divergências irreconciliáveis entre ambos havia tornado o trabalho em conjunto impossível. E isso porque, até onde se sabe, os dois nunca tiveram um relacionamento amoroso.
Brincadeiras e brigas a parte o que interessa mesmo é saber que esse é um dos discos mais bonitos, e tristes, que você provavelmente irá ouvir esse ano.
Para encerrar trazemos esse projeto, um entre os vários que ainda deveremos ver esse ano, que lembra os 20 anos de morte de Tom Jobim. Apesar da desconfiança que esse tipo de trabalho costuma levantar - afinal precisamos mesmo de mais regravações de músicas dele? - é preciso dizer que toda a empreitada foi tratada com respeito e principalmente frescor.
Que Vanessa da Matta é uma de nossas cantoras mais completas e interessantes, é desnecessário dizer. O fato dela ser popular e ter credibilidade também conta muito.
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Mas o que fez mesmo esse projeto, que começou como uma série de shows, decolar foi a presença de dois nomes: primeiro o do arranjador Eumir Deodato, um cara que pode ser chamado de gênio da música sem medo. O outro é o do produtor Kassim, que há alguns anos é um dos nomes por trás de boa parte das coisas mais interessantes que tem se visto em termos de MPB e pop brasileiro (incluindo os dois últimos discos dos Los Hermanos).
Ou seja, você tem um dos melhores repertórios da nossa música, cantados por uma de nossas melhores intérpretes, com os arranjos feitos por um mestre e uma produção que sabe ser respeitosa mas não careta. Não tinha como dar errado né?
