A atriz e cantora Ariana Grande de 20 anos, ficou conhecida por fazer o papel de Cat Valentine nas séries Victorious e Sam & Cat da Nickelodeon. Mas não pensem que o disco de estreia dela é o típico álbum de "atriz teen que vira cantora".
Sim, a base aqui é o R&B e o pop, mas o disco exibe uma segurança e maturidade que costumam ser incompatíveis com esse tipo de trabalho. Ariana brilha especialmente nas baladas - tanto que ela não viu problema em abrir o disco com "Honeymoon Avenue", uma faixa lenta com mais de cinco minutos.
Melhor ainda é "Tattooed Heart" em clima doo wop, que chega mesmo a emocionar. E as faixas mais dançantes não ficam atrás, quase todas bem produzidas e procurando fugir do padrão "linha de montagem" que se apoderou do pop moderno, e tornam muitas canções e artistas indistinguíveis entre si.
O disco está vendendo bem em sua semana de lançamento, podendo até mesmo estrear no topo da parada americana. Se isso de fato acontecer, será mais do que merecido.
Depois de colocar o Nine Inch Nails em "hibernação" por cinco anos, finalmente Trent Reznor resolveu ressuscitar o projeto que o celebrizou.
Nesse tempo o músico diversificou suas atividades, gravando com o How To Destroy Angels e também se tornando um respeitado compositor de trilhas-sonoras, com direito a Oscar (por "A Rede Social" de 2010) e tudo.
Mas, o que os fãs mais esperam de Reznor é o som apocalíptico do Nine Inch Nails, e ele resolveu atendê-los.
Quer dizer, atender em termos, porque ainda que "Hesitation Marks" seja um típico álbum de Reznor - com a tradicional mistura de instrumentação eletrônica com guitarras pesadas e aquele clima claustrofóbico - o trabalho é por várias vezes mais pop do que o esperado. Talvez por isso o álbum tenha dividido críticos e fãs. O fato é que Reznor está com quase 50 anos e aparentemente domou os demônios que impulsionaram a criação de discos desesperados como "The Downward Spiral" (1994).
Até porque, do contrário, o mais provável é que ele não estivesse por aqui entre nós, lançando discos no mínimo bem decentes como esse "Hesitation Marks"
Há quase dez anos John Legend se dedica a trazer para o R&B moderno a soul music dos anos 70, especialmente aquela mais sensual praticada por gente como Al Green e Marvin Gaye. Ainda que ele por vezes seja acusado de pouca originalidade, não se pode negar o enorme bom gosto do artista e também seu talento como cantor e músico.
"Love In The Future" pode não atingir o mesmo nível de excelência de "Wake Up!" de 2010 feito em parceria com o The Roots - mas ainda assim é um ótimo disco especialmente por sua mistura entre o clássico e o moderno.
O carioca Cicero Lins chamou a atenção do público e crítica em 2011 com seu álbum de estreia "Canções de Apartamento", que como o nome já dizia, foi todo gravado no quarto do músico.
A música de Cícero não é de fácil classificação, ficando entre o pop, o samba e a MPB dos anos 70 (especialmente Caetano Veloso). A receita se completa com pitadas de experimentalismo e a inegável influência dos Los Hermanos. Ou seja, é uma música calma e contemplativa e que decididamente não é para todos os públicos, mas que merece ao menos ser conhecida.
Para quem se interessou, o álbum pode ser baixado gratuitamente no site do músico.
Melhor ainda é "Tattooed Heart" em clima doo wop, que chega mesmo a emocionar. E as faixas mais dançantes não ficam atrás, quase todas bem produzidas e procurando fugir do padrão "linha de montagem" que se apoderou do pop moderno, e tornam muitas canções e artistas indistinguíveis entre si.
