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Katy B - Little Red
2014 poderá muito bem se tornar o ano em que a ruivinha Katy B vai ganhar o mundo. E a razão maior para isso está nesse segundo álbum da cantora que sabe ser moderno, dançante e pop o suficiente para agradar tantos os fãs de música mais radiofônica, como quem busca algo com um pouco mais de inovação e experimentalismo.

A Inglaterra, sua terra natal, já foi devidamente conquistada. O álbum estreou no topo da parada e segue vendendo bem. As críticas também foram no geral bastante positivas.

O Telegraph deu nota 10 para o álbum e a Fact Magazine falou que ele é ainda melhor que a estreia da cantora, "On A Mission" de 2001. O jornalista também disse que Katy é, no momento, a melhor pop star da Inglaterra.

O álbum ainda não saiu nos Estados Unidos, mas por lá a expectiva é alta. Tanto críticos, quanto gente da indústria acreditam que a cantora, graças a esse álbum, tem potencial para chegar bem longe.

Para resumir, a audição de "Little Red", o quanto antes é fundamental para quem está interessado em saber sobre alguns dos possíveis rumos que o pop de 2014 irá tomar.

Ouça "Crying For No Reason com Katy B, presente no álbum "Little Red"

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Beck - Morning Phase
Depois de seis anos, finalmente Beck voltou a lançar um novo álbum "de verdade". Isso porque seu último trabalho, "Song Reader", saiu apenas como um livro de partituras (a ideia era a de que os fãs interpretassem as canções da forma que quisessem).

"Morning Phase" também mostra um Beck bem diferente do visto ano passado no Brasil no Planeta Terra Festival. Aqui temos de volta o cantor e compositor de discos como "Mutations" (1998) e, principalmente, "Sea Change" (2002). Ou seja, é um disco calmo, com ótimas baladas e um clima que remonta ao início dos anos 70.

Muito elogiado pela critica, o disco também parece que vai se dar bem comercialmente. Quem já é fã dele, já deve ter ouvido bastante o disco a essa altura. Para quem não o conhece a fundo, vale escutar e depois ir atrás de um álbum como "Odeley" de 1996, que mostra a outra faceta do artista - essa mais aberta ao experimentalismo, ao pop, ao hip hop e à música dançante.

Ouça "Waking Light" com Beck, presente no álbum "Morning Phase"

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Bruce Springsteen - High Hopes
Apesar de já ter passado dos 60 anos, Bruce Springsteen segue com uma disposição que não vemos em gente com um terço de sua idade. Além de seguir fazendo shows com no mínimo três horas sem um setlist fixo, o músico também anda gravando bastante.

Quando os fãs viram a relação de faixas desse "High Hopes", houve certa apreensão. Afinal tinha-se a impressão de que ele seria apenas uma"colcha de retalhos", em sua mistura de covers, novas versões de faixas já gravadas e versões de estúdio para canções já conhecidas de shows ou em versões pirata.

Felizmente não foi isso que sucedeu, e o mérito tem que ser dividido com três pessoas. Em primeiro lugar, claro, o cantor - que é famoso por passar meses meditando sobre quais músicas devem entrar no disco e onde elas se encaixam.

O trabalho do produtor Ron Anielllo também é digno de aplausos, afina ele conseguiu dar uma unidade para canções que vieram de várias sessões diferentes - algumas contam inclusive com a presença do saxofonista Clarence Clemmons e do tecladista Danny Federici, mortos em 2011 e 2008 respectivamente.

Por último, temos a presença de Tom Morello. O guitarrista do Rage Against The Machine estreitou seus laços com Bruce no ano passado, quando substituiu Steven Van Zandt em alguns shows. A presença dele é bastante sentida no disco, seja enquanto músico, cantor - ele divide o microfone na regravação de "The Ghost of Tom Joad" - ou "conselheiro" - foi dele que partiu a ideia de ressuscitar a faixa que terminou batizando o álbum.

"High Hopes" é uma cover dos pouco conhecidos Havalinas que Bruce já havia gravado em 1995 para um EP pra lá de obscuro. Em sua nova roupagem a faixa tornou-se poderosa o bastante, para ser o primeiro single do álbum e também para se tornar uma das faixas obrigatórias nos shows da atual turnê do músico.

Bastante elogiado pela crítica, "High Hopes" é mais um belo trabalho de Springsteen. Para os fãs, fica a dica para correrem atrás da versão deluxe, que tem como bônus um DVD com a execução ao vivo na íntegra em Londres do clássico "Born in The USA" - da mesma forma que ele fez no Rock In Rio, no ano passado.


Ouça "Just Like Fire Would" com Bruce Springsteen, presente no álbum "High Hopes"