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Meghan Trainor - Title
Quem tem o mínimo interesse por música pop contemporânea certamente ouviu bastante "All About That Bass" nos últimos meses. A faixa, uma divertida atualização do doo wop da década de 50 e do soul do início dos anos 60, para os dias de hoje acabou pegou o público de surpresa que transformou a música em um merecido sucesso.

Essa estreia de Meghan Trainor aposta na fórmula que funcionou tão bem com "... Bass", a mistura entre o retrô e o moderno, faixas que lembram a época mais ingênua do pop são reimaginadas para os dias de hoje.

Esse approach não é exatamente original. De forma bem mais séria e sem querer compará-las, foi basicamente isso que Amy Winehouse fez em seus discos - ao unir doses de jazz, soul e o som dos grupo femininos do início dos anos 60 a uma produção moderna, ainda que essencialmente retrô.

Não que todo o disco seja formado apenas por pastiches. Algumas canções - como "Bang Dem Sticks" - que são pura e simplesmente pop do novo século também estão aqui, mas elas definitivamente estão em minoria. Sendo assim, a apreciação desse álbum depende muito da disposição do ouvinte.

Quem quiser ouvir mais canções no estilo de "All About That Bass", vai encontrar várias outras faixas para curtir, já quem a considera uma música simpática, mas nada além disso, provavelmente vai acabar se enjoando do álbum antes que ele chegue ao fim. Ainda assim vale a pena dar uma chance para esse primeiro álbum de Meghan.

Ouça "All About That Bass" com Meghan Trainor presente no álbum "Title"

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Fall Out Boy - American Beauty/American Psycho
Esse já é o segundo disco que o Fall Out Boy lança depois de terem entrado em hiato entre 2008 e 2013, e o que se percebe é que esse descanso fez bem ao grupo que voltou com fôlego renovado.

"American Beauty..." mostra que a banda abraçou de vez a música pop, ainda que eles sigam operando dentro de um "formato rock". Essa opção talvez desagrade alguns fãs mais antigos, mas ela garante que o perfil deles siga em alta e assegure sua presença nos primeiros lugares das paradas - e é cada vez mais raro ver uma banda de rock no topo da Billboard.

O disco, bastante divertido, vendeu quase 200 mil cópias e deverá seguir com bastante popularidade pelos próximos meses. Primeiro porque a banda em breve embarcará em uma longa turnê mundial e depois pelo fato do trabalho ter várias canções com potencial de se tornarem grandes hits - além das já conhecidas "Centuries" e da faixa-título, vale prestar atenção também às ótimas "Novocaine" e "The Kids Aren't Alright"

Ouça "Centuries" com o Fall Out Boy do álbum "American Beauty/American Psycho"

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The Decemberists - What a Terrible World, What a Beautiful World
Uma das bandas mais interessantes do cenário americano, esse já é o sétimo álbum dos Decemberists. Para quem não os conhece, essa é uma boa porta de entrada para o mundo bastante particular do vocalista e compositor Colin Meloy.

O som do grupo é ao mesmo tempo simples e complexo, e é aí que reside a mágica deles, na capacidade de embalar de canções pop que pagam tributo ao folk e ao rock alternativo americano dos anos 80 com faixas interligadas tematicamente e letras com tendências literárias.

Ainda que esse trabalho seja um pouco mais direto que seus antecessores, não dá para dizer que ele é simplesmente um disco comum de rock com tantos que são lançados semanalmente. Ou seja, esse é um disco que precisa ser ouvido com calma e de preferência sem interrupçoões para que ele faça mais sentido. O fato é que "What a Terrible World, What a Beautiful World" já se candidata de cara como um dos destaques de 2015. Corra para ouvir e depois não deixe de buscar também os outros discos deles, todos igualmente excelentes.


Ouça "Make You Better" com os Decemberists do álbum "What a Terrible World..."