O guitarrista B.B. King morreu nesta madrugada enquanto dormia aos 89 anos em Las Vegas. O músico havia sido hospitalizado recentemente sofrendo de desidratação resultante de sua condição de diabético.
Considerado o maior "embaixador do blues" no mundo, B.B. ganhou fama não só por seu estilo único de tocar guitarra ou pela força de suas interpretações, mas por ter abraçado como poucos a missão de espalhar sua música, e todo um estilo, ao redor do globo. Como disse o site da revista britânica Mojo em seu obituário, B.B. King estava para o blues, como Louis Armstrong para o jazz, ou seja, um músico que podia representar e falar por todo um gênero.
B.B. King nasceu em 1925 no Mississipi, e começou a tocar ainda criança. Sua carreira começou a deslanchar quando se mudou para Memphis em 1948, onde se firmou como um dos grandes nomes do blues elétrico.
O ritmo frenético das turnês de King se tornaram lendárias - em determinado momento ele fazia apresentações quase que diárias em diversos pontos do planeta - no Brasil ele veio várias vezes. Sua estreia em nossos palcos foi em 1980, com seus últimos shows no país acontecendo em 2012.
Mas King não ficou lendário apenas por fazer muitos shows. Mais que tudo, ele tinha a capacidade de emocionar os mais diversos públicos com a sua música. Sua influência não se limitou apenas a outros músicos de blues, mas, principalmente, entre músicos de rock.
B.B. King era um dos músicos favoritos tanto da primeira geração de roqueiros da década de 50, quanto dos ingleses ligados em blues que tomaram o mundo na década de 60 - Eric Clapton, Jeff Beck, os Rolling Stones e Jimmy Page eram todos fãs declarados.
Todos eles, e inúmeros outros, foram tocados pelos líricos solos que ele tirava de suas guitarras, quase sempre de modelo Gibson que ele chamava de Lucille. A homenageada não foi uma namorada, mas sim uma pessoa que ele jamais conheceu.
Conta-se que em 1949 ele estava se apresentando em um bar, quando um galão de querosene que havia sido aceso para aquecer o local caiu no chão causando um incêndio depois que dois homens começaram a brigar. O local foi rapidamente evacuado, mas quando King notou que sua guitarra estava lá dentro, ele voltou para resgatá-la.
No dia seguinte ele soube que os dois homens que começaram a confusão morreram brigando por uma mulher chamada Lucille.
B.B. King também gravou muito. São mais de 40 discos de estúdio, inúmeros álbuns ao vivo - entre oficiais e "semi-oficiais" e centenas de compactos, em uma carreira discográfica que teve início em 1949.
Entre seus álbuns mais celebrados estão dois gravados em shows: "Live At The Regal" de 1965, considerado um dos álbuns mais importantes do século 20 e "Live in Cook County Jail" (1971), com o registro de uma apresentação em uma penitenciária de Chicago.
Falando de canções, duas certamente ficarão sempre ligadas ao seu nome: "Rock Me Baby", lançada por ele em 1964 e "The Thrill Is Gone" em 1970.
BB King era considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos, graças aos seus solos limpos e líricos.
Cele não gostava muito de tocar acordes e fazer base, como aparece dizendo em uma cena do documentário "Rattle And Hum" sobre U2 lançado em 1988.
Na última enquete feita pela edição norte-americana da revista Rolling Stone, ele ficou no sexto lugar.
King também ganhou vários Grammys e inúmeras honrarias ao redor do planeta, e certamente deixa um vazio praticamente impossível de ser preenchido no mundo da música.
Ouça "The Thrill Is Gone" em versão ao vivo de 1993
Considerado o maior "embaixador do blues" no mundo, B.B. ganhou fama não só por seu estilo único de tocar guitarra ou pela força de suas interpretações, mas por ter abraçado como poucos a missão de espalhar sua música, e todo um estilo, ao redor do globo. Como disse o site da revista britânica Mojo em seu obituário, B.B. King estava para o blues, como Louis Armstrong para o jazz, ou seja, um músico que podia representar e falar por todo um gênero.
B.B. King nasceu em 1925 no Mississipi, e começou a tocar ainda criança. Sua carreira começou a deslanchar quando se mudou para Memphis em 1948, onde se firmou como um dos grandes nomes do blues elétrico.
O ritmo frenético das turnês de King se tornaram lendárias - em determinado momento ele fazia apresentações quase que diárias em diversos pontos do planeta - no Brasil ele veio várias vezes. Sua estreia em nossos palcos foi em 1980, com seus últimos shows no país acontecendo em 2012.
Mas King não ficou lendário apenas por fazer muitos shows. Mais que tudo, ele tinha a capacidade de emocionar os mais diversos públicos com a sua música. Sua influência não se limitou apenas a outros músicos de blues, mas, principalmente, entre músicos de rock.
B.B. King era um dos músicos favoritos tanto da primeira geração de roqueiros da década de 50, quanto dos ingleses ligados em blues que tomaram o mundo na década de 60 - Eric Clapton, Jeff Beck, os Rolling Stones e Jimmy Page eram todos fãs declarados.
Todos eles, e inúmeros outros, foram tocados pelos líricos solos que ele tirava de suas guitarras, quase sempre de modelo Gibson que ele chamava de Lucille. A homenageada não foi uma namorada, mas sim uma pessoa que ele jamais conheceu.
Conta-se que em 1949 ele estava se apresentando em um bar, quando um galão de querosene que havia sido aceso para aquecer o local caiu no chão causando um incêndio depois que dois homens começaram a brigar. O local foi rapidamente evacuado, mas quando King notou que sua guitarra estava lá dentro, ele voltou para resgatá-la.
No dia seguinte ele soube que os dois homens que começaram a confusão morreram brigando por uma mulher chamada Lucille.
B.B. King também gravou muito. São mais de 40 discos de estúdio, inúmeros álbuns ao vivo - entre oficiais e "semi-oficiais" e centenas de compactos, em uma carreira discográfica que teve início em 1949.
Entre seus álbuns mais celebrados estão dois gravados em shows: "Live At The Regal" de 1965, considerado um dos álbuns mais importantes do século 20 e "Live in Cook County Jail" (1971), com o registro de uma apresentação em uma penitenciária de Chicago.
Falando de canções, duas certamente ficarão sempre ligadas ao seu nome: "Rock Me Baby", lançada por ele em 1964 e "The Thrill Is Gone" em 1970.
BB King era considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos, graças aos seus solos limpos e líricos.
Cele não gostava muito de tocar acordes e fazer base, como aparece dizendo em uma cena do documentário "Rattle And Hum" sobre U2 lançado em 1988.
Na última enquete feita pela edição norte-americana da revista Rolling Stone, ele ficou no sexto lugar.
King também ganhou vários Grammys e inúmeras honrarias ao redor do planeta, e certamente deixa um vazio praticamente impossível de ser preenchido no mundo da música.
Ouça "The Thrill Is Gone" em versão ao vivo de 1993