O saxofonista Ornette Coleman morreu hoje em Nova York aos 85 anos. O músico foi vítima de uma parada cardiorrespiratória e era um dos últimos dentre os considerados gigantes do jazz ainda vivos.
Coleman entrou para a história da música do século 20 por ter ampliado, e muito, os limites do jazz. Ele foi o criador do chamado free jazz, uma música livre baseada em improvisos e que buscou quebrar as convenções do estilo.
O movimento nasceu com "Free Jazz: A Collective Improvisation" de 1961, o primeiro álbum totalmente improvisado da história. O trabalho foi gravado por um "quarteto duplo" (no disco cada um deles está em um canal do estéreo) e causou surpresa. Como era de se esperar, muitos colegas e jornalistas especializados não entenderam, ou rejeitaram a proposta do músico, mas ele seguiu em seu caminho.
A verdade é que o resultado desses experimentos não são de fato dos mais agradáveis, especialmente para os "ouvidos comuns". Por outro lado, não se pode negar que as ideias de Coleman influenciaram boa parte da música de vanguarda, mas não só, feita nas décadas seguintes (ele sempre esteve entre os jazzistas favoritos dos músicos de rock, exatamente por seu espírito libertário e inovador).
Ornette Coleman também gravou discos e músicas que podem ser apreciadas por um público mais amplo. O álbum "The Shape Of Jazz To Come" (1959) é um bom exemplo dessa sua faceta mais acessível, mas nem por isso menos inovadora. O disco faz parte do arquivo da Biblioteca Nacional dos Estados Unidos, entrou para Hall da Fama do Grammy e está na lista dos "500 Melhores Discos de Todos os Tempos" elaborada pela edição americana da revista Rolling Stone e é a melhor porta de entrada para o mundo estranho e inovador do saxofinista.
Ouça a íntegra de "The Shape Of Jazz To Come"
Coleman entrou para a história da música do século 20 por ter ampliado, e muito, os limites do jazz. Ele foi o criador do chamado free jazz, uma música livre baseada em improvisos e que buscou quebrar as convenções do estilo.
O movimento nasceu com "Free Jazz: A Collective Improvisation" de 1961, o primeiro álbum totalmente improvisado da história. O trabalho foi gravado por um "quarteto duplo" (no disco cada um deles está em um canal do estéreo) e causou surpresa. Como era de se esperar, muitos colegas e jornalistas especializados não entenderam, ou rejeitaram a proposta do músico, mas ele seguiu em seu caminho.
A verdade é que o resultado desses experimentos não são de fato dos mais agradáveis, especialmente para os "ouvidos comuns". Por outro lado, não se pode negar que as ideias de Coleman influenciaram boa parte da música de vanguarda, mas não só, feita nas décadas seguintes (ele sempre esteve entre os jazzistas favoritos dos músicos de rock, exatamente por seu espírito libertário e inovador).
Ornette Coleman também gravou discos e músicas que podem ser apreciadas por um público mais amplo. O álbum "The Shape Of Jazz To Come" (1959) é um bom exemplo dessa sua faceta mais acessível, mas nem por isso menos inovadora. O disco faz parte do arquivo da Biblioteca Nacional dos Estados Unidos, entrou para Hall da Fama do Grammy e está na lista dos "500 Melhores Discos de Todos os Tempos" elaborada pela edição americana da revista Rolling Stone e é a melhor porta de entrada para o mundo estranho e inovador do saxofinista.
Ouça a íntegra de "The Shape Of Jazz To Come"