Apesar do pouco tempo de estrada e seus 25 anos de idade, The Weeknd vem mostrando que não é mais um cantor de um sucesso só e se firma como um dos principais nomes da música na atualidade. Nascido Abęl Makkonen Tesfaye em Ontario, no Canadá, o cantor, compositor e produtor abandonou a escola no ensino médio para se dedicar ao sonho de virar músico chegando a experimentar vários gêneros - incluindo soul, hip hop, indie e punk - antes de se encontrar no R&B.
Trabalhando de forma independente, tocando em clubes locais e até mesmo nas ruas, Abel começou a chamar a atenção dos grandes veículos, como Rolling Stone, The New York Times, entre outros, formando sua base de fãs. Sua primeira mixtape, "The House Of Baloons" foi lançada em 2011 e foi muito bem aceita pela crítica, incentivando-o a lançar outras duas compilações no mesmo ano, de graça, com faixas gravadas ao longo de sua trajetória.
Nesse período, The Weeknd já mostrava que não pretendia se render facilmente aos holofotes e mantinha sua postura mais tímida e enigmática, o que acabou o diferenciando ainda mais de seus pares e inevitavelmente chamando a atenção. Ainda que no último ano o cantor tenha aceito fazer colaborações com Ariana Grande e Sia, e gravar para a trilha do blockbuster 50 Tons de Cinza, ele ainda consegue a proeza de manter-se afastado da grande mídia.
Confira a seguir um pouco mais da trajetória do cantor através de seus três álbuns:
"Trilogy" (2012)
Lançado em novembro de 2012, o primeiro disco do canadense é na verdade uma compilação de suas três mixtapes lançadas até então: "House of Balloons", "Thursday" e "Echoes of Silence". Além de chamar atenção pela ousada estratégia de lançar 30 músicas de uma vez, The Weeknd causou burburinho com sua nova abordagem do estilo R&B.
Para o trabalho, o músico deu nova cara às canções das mixtapes com tratamento de estúdio, destacando ainda mais as influências de indie, com sintetizadores, acordes de guitarra e batidas marcantes, e os samples criteriosamente escolhidos. Apesar das misturas, a sonoridade do trabalho manteve-se coesa e longe de parecer experimentações, mostrando o tato que o cantor possui para a produção.
O primeiro grande destaque do disco é a sensual e densa "Wicked Games", que apesar da temática, fica longe da vulgaridade costumeira de cantores que se arriscam na abordagem sexual. O bom gosto de Abel também transparece no vídeo da música, que mesmo mostrando garotas seminuas dançando, deixa mais evidente os sentimentos de desespero, luxúria e solidão expressados na letra.
A segunda música de trabalho, "Twenty Eight", soa mais comercial à primeira ouvida, mas em pouco tempo a emoção expressada na voz de The Weeknd faz transcender essa sensação naqueles que se permitem envolver.
O trabalho chegou a figurar na quarta posição da parada de álbuns da Billboard e já ganhou certificado de platina na terra do Tio Sam, além de platina duplo no Canadá, um feito considerável se levado em consideração o estilo tão peculiar das músicas.
"Kiss Land" (2013)
O primeiro álbum oficial de inéditas com uma grande gravadora chama-se "Kiss Land" e logo na estreia emplacou na segunda posição da parada da Billboard.
Apesar de cantar sobre a boa vida, garotas, dinheiro e fama, o músico ainda tentou o máximo que pode se manter à margem do mainstream, concedendo entrevistas e fazendo performances ao vivo somente pelas obrigações contratuais com a nova casa.
Ainda assim, The Weeknd continuou explorando temáticas mais obscuras no trabalho, como relacionamentos conturbados e uma insatisfação com a própria existência, sensação que todo jovem costuma vivenciar em algum momento
"Quando penso em 'Kiss Land', penso em um lugar horrível. Um lugar que nunca estive antes, que é estranho para mim. Muito disso foi inspirado nos filmes de John Carpenter, David Cronenberg e Ridley Scott, pois eles sabem como capturar o medo", revelou Abel em entrevista à revista Complex. "Não sei quem sou agora e estou fazendo essas coisas bizarras nesses lugares que não conheço. Para mim, é a coisa mais aterrorizante".
Entre as canções que se destacam estão "Live For (Feat. Drake)", parceria com o conterrâneo Drake, em que ele fala sobre a tal boa vida de um rock star e "Wanderlust (Pharrell Remix)", umas das mais comerciais do trabalho e que remete aos sucessos de outrora de Michael Jackson. Outra que vale ser citada é a faixa que dá título ao disco, cujos versos deixam evidente como o cantor ainda reluta em se enxergar como um astro da música.
"Beauty Behind the Madness" (2015)
Aproveitando a onda crescente a seu favor, The Weeknd lançou este ano o disco "Beauty Behind the Madness" apoiado em faixas como "Often", "The Hills" e "Can't Feel My Face".
Com produção de Payami e Max Martin, colaborador de nomes como Britney Spears, Taylor Swift e Backstreet Boys, "Can't Feel My Face" é um bom exemplo da guinada que o cantor resolveu dar em sua carreira e finalmente alcançar as rádios mais pop.
A estratégia deu resultado e a canção tornou-se a primeira número um de sua carreira no ranking de singles da Billboard, ficando na posição por três semanas não-consecutivas. Este feito não era alcançado desde "Grenade" de Bruno Mars, em 2011. A faixa acabou sendo substituída no topo por outra do cantor, "The Hills", o que o colocou no seleto grupo de artistas a conseguir isso, como Taylor Swift e Beatles.
No trabalho também fica claro que o músico deixou de lado o tom mais obscuro mostrado nas primeiras mixtapes, algo completamente compreensível se levado em consideração a maturidade ganhada com os anos e o estágio da carreira em que ele se encontra.
Mesmo que tenha se voltado mais para o pop radiofônico, The Weeknd ainda consegue se diferenciar como um cantor de personalidade e com algo relevante a dizer. E ainda que suas composições sejam sobre mulheres, sexo e vícios - tema frequente entre os astros ostentadores da música negra norte-americana - ele ainda consegue manter o ar misterioso que despertou o interesse de seus seguidores.
"Vivemos numa era onde tudo é tão excessivo que acho renovador quando alguém me diz: 'Quem é esse cara?'. Acho que por isso minha carreira será longa, pois eu não dei tudo de mim para as pessoas", declarou The Weeknd para a revista Details.
Confira as letras, traduções e muito mais de The Weeknd no Vagalume.
Trabalhando de forma independente, tocando em clubes locais e até mesmo nas ruas, Abel começou a chamar a atenção dos grandes veículos, como Rolling Stone, The New York Times, entre outros, formando sua base de fãs. Sua primeira mixtape, "The House Of Baloons" foi lançada em 2011 e foi muito bem aceita pela crítica, incentivando-o a lançar outras duas compilações no mesmo ano, de graça, com faixas gravadas ao longo de sua trajetória.
Nesse período, The Weeknd já mostrava que não pretendia se render facilmente aos holofotes e mantinha sua postura mais tímida e enigmática, o que acabou o diferenciando ainda mais de seus pares e inevitavelmente chamando a atenção. Ainda que no último ano o cantor tenha aceito fazer colaborações com Ariana Grande e Sia, e gravar para a trilha do blockbuster 50 Tons de Cinza, ele ainda consegue a proeza de manter-se afastado da grande mídia.
Confira a seguir um pouco mais da trajetória do cantor através de seus três álbuns:
"Trilogy" (2012)
Lançado em novembro de 2012, o primeiro disco do canadense é na verdade uma compilação de suas três mixtapes lançadas até então: "House of Balloons", "Thursday" e "Echoes of Silence". Além de chamar atenção pela ousada estratégia de lançar 30 músicas de uma vez, The Weeknd causou burburinho com sua nova abordagem do estilo R&B.
Para o trabalho, o músico deu nova cara às canções das mixtapes com tratamento de estúdio, destacando ainda mais as influências de indie, com sintetizadores, acordes de guitarra e batidas marcantes, e os samples criteriosamente escolhidos. Apesar das misturas, a sonoridade do trabalho manteve-se coesa e longe de parecer experimentações, mostrando o tato que o cantor possui para a produção.
O primeiro grande destaque do disco é a sensual e densa "Wicked Games", que apesar da temática, fica longe da vulgaridade costumeira de cantores que se arriscam na abordagem sexual. O bom gosto de Abel também transparece no vídeo da música, que mesmo mostrando garotas seminuas dançando, deixa mais evidente os sentimentos de desespero, luxúria e solidão expressados na letra.
A segunda música de trabalho, "Twenty Eight", soa mais comercial à primeira ouvida, mas em pouco tempo a emoção expressada na voz de The Weeknd faz transcender essa sensação naqueles que se permitem envolver.
O trabalho chegou a figurar na quarta posição da parada de álbuns da Billboard e já ganhou certificado de platina na terra do Tio Sam, além de platina duplo no Canadá, um feito considerável se levado em consideração o estilo tão peculiar das músicas.
"Kiss Land" (2013)
O primeiro álbum oficial de inéditas com uma grande gravadora chama-se "Kiss Land" e logo na estreia emplacou na segunda posição da parada da Billboard.
Apesar de cantar sobre a boa vida, garotas, dinheiro e fama, o músico ainda tentou o máximo que pode se manter à margem do mainstream, concedendo entrevistas e fazendo performances ao vivo somente pelas obrigações contratuais com a nova casa.
Ainda assim, The Weeknd continuou explorando temáticas mais obscuras no trabalho, como relacionamentos conturbados e uma insatisfação com a própria existência, sensação que todo jovem costuma vivenciar em algum momento
"Quando penso em 'Kiss Land', penso em um lugar horrível. Um lugar que nunca estive antes, que é estranho para mim. Muito disso foi inspirado nos filmes de John Carpenter, David Cronenberg e Ridley Scott, pois eles sabem como capturar o medo", revelou Abel em entrevista à revista Complex. "Não sei quem sou agora e estou fazendo essas coisas bizarras nesses lugares que não conheço. Para mim, é a coisa mais aterrorizante".
Entre as canções que se destacam estão "Live For (Feat. Drake)", parceria com o conterrâneo Drake, em que ele fala sobre a tal boa vida de um rock star e "Wanderlust (Pharrell Remix)", umas das mais comerciais do trabalho e que remete aos sucessos de outrora de Michael Jackson. Outra que vale ser citada é a faixa que dá título ao disco, cujos versos deixam evidente como o cantor ainda reluta em se enxergar como um astro da música.
"Beauty Behind the Madness" (2015)
Aproveitando a onda crescente a seu favor, The Weeknd lançou este ano o disco "Beauty Behind the Madness" apoiado em faixas como "Often", "The Hills" e "Can't Feel My Face".
Com produção de Payami e Max Martin, colaborador de nomes como Britney Spears, Taylor Swift e Backstreet Boys, "Can't Feel My Face" é um bom exemplo da guinada que o cantor resolveu dar em sua carreira e finalmente alcançar as rádios mais pop.
A estratégia deu resultado e a canção tornou-se a primeira número um de sua carreira no ranking de singles da Billboard, ficando na posição por três semanas não-consecutivas. Este feito não era alcançado desde "Grenade" de Bruno Mars, em 2011. A faixa acabou sendo substituída no topo por outra do cantor, "The Hills", o que o colocou no seleto grupo de artistas a conseguir isso, como Taylor Swift e Beatles.
No trabalho também fica claro que o músico deixou de lado o tom mais obscuro mostrado nas primeiras mixtapes, algo completamente compreensível se levado em consideração a maturidade ganhada com os anos e o estágio da carreira em que ele se encontra.
Mesmo que tenha se voltado mais para o pop radiofônico, The Weeknd ainda consegue se diferenciar como um cantor de personalidade e com algo relevante a dizer. E ainda que suas composições sejam sobre mulheres, sexo e vícios - tema frequente entre os astros ostentadores da música negra norte-americana - ele ainda consegue manter o ar misterioso que despertou o interesse de seus seguidores.
"Vivemos numa era onde tudo é tão excessivo que acho renovador quando alguém me diz: 'Quem é esse cara?'. Acho que por isso minha carreira será longa, pois eu não dei tudo de mim para as pessoas", declarou The Weeknd para a revista Details.
Confira as letras, traduções e muito mais de The Weeknd no Vagalume.