O produtor George Martin morreu na noite de ontem (8) aos 90 anos de causas não divulgadas. A notícia foi dada por Ringo Starr através do Twitter. "Deus salve George Martin, paz e amor para Judy e sua família", escreveu o ex-Beatle em tributo ao homem que conseguiu um contrato e produziu praticamente toda a obra do quarteto de Liverpool - o que basta para colocá-lo como uma das pessoas mais importantes da música contemporânea.
Paul McCartney, o outro ex-Beatle vivo, também escreveu sobre a morte do produtor em seu site oficial.
"Se alguém ganhou o titulo de 'quinto Beatle', foi George. Do dia em que ele deu aos Beatles o seu primeiro contrato de gravação, ao último dia em que o vi, ele sempre foi a pessoas mais generosa, inteligente e musical que já tive o prazer de conhecer."
O baixista também lembrou da importância de Martin para que "Yesterday" ganhasse sua forma definitiva - o produtor sugeriu gravá-la com o acompanhamento de um quarteto de cordas, algo que McCartney a princípio se opôs, já que, para ele, os Beatles eram "uma banda de rock'n'roll".
George então disse para eles gravarem daquele jeito e, caso não ficassem satisfeitos, eles gravariam a canção apenas com Paul e seu violão.
Foi George Martin, que trabalhava na Parlophone Records, quem resolveu dar uma chance a um desconhecido quarteto de Liverpool, em 1962, que não estava despertando o interesse de nenhuma gravadora e que acabaria se tornando a maior banda de todos os tempos.
Foi ele não só quem os gravou, como os incentivou a seguirem evoluindo. O período mais prolífico da parceria certamente se deu entre os anos de 1966 e 1967 - época de"Revolver" e "Sgt. Peppers".
Nesses trabalhos, o grupo revolucionou as técnicas de gravação e mostrou como o estúdio poderia ser usado como um instrumento.
Coube a ele materializar as ideias cada vez mais avançadas da banda, através de edições de fitas, uso de gravações ao contrário ou conseguir sons que soassem como "uma centena de monges tibetanos entoando cânticos" (em "Tomorrow Never Knows") ou um som que fosse "do silêncio absoluto ao infinito" (em "A Day In The Life").
Martin foi um grande responsável por elevar o crédito dado aos produtores - antes dele, quase sempre vistos como meros funcionários da gravadora, com salários fixos e sem direto a royalties sobre suas gravações.
Curiosamente, com o fim dos Beatles, em 1970, Martin, que antes tinha feito fama por gravar discos de humor, raramente produziu outros discos que possam ser chamados de clássicos. A dobradinha "Blow By Blow" (1975)/"Wired" (1976) do guitarrista Jeff Beck merece destaque.
Igualmente dignas de nota, são duas das vezes em que ele voltou a trabalhar com McCartney - no single "Live And Let Die" de 1973 e no álbum "Tug of War" de 1982.
Ouça "A Day In The Life" com os Beatles
Paul McCartney, o outro ex-Beatle vivo, também escreveu sobre a morte do produtor em seu site oficial.
"Se alguém ganhou o titulo de 'quinto Beatle', foi George. Do dia em que ele deu aos Beatles o seu primeiro contrato de gravação, ao último dia em que o vi, ele sempre foi a pessoas mais generosa, inteligente e musical que já tive o prazer de conhecer."
O baixista também lembrou da importância de Martin para que "Yesterday" ganhasse sua forma definitiva - o produtor sugeriu gravá-la com o acompanhamento de um quarteto de cordas, algo que McCartney a princípio se opôs, já que, para ele, os Beatles eram "uma banda de rock'n'roll".
George então disse para eles gravarem daquele jeito e, caso não ficassem satisfeitos, eles gravariam a canção apenas com Paul e seu violão.
Foi George Martin, que trabalhava na Parlophone Records, quem resolveu dar uma chance a um desconhecido quarteto de Liverpool, em 1962, que não estava despertando o interesse de nenhuma gravadora e que acabaria se tornando a maior banda de todos os tempos.
Foi ele não só quem os gravou, como os incentivou a seguirem evoluindo. O período mais prolífico da parceria certamente se deu entre os anos de 1966 e 1967 - época de"Revolver" e "Sgt. Peppers".
Nesses trabalhos, o grupo revolucionou as técnicas de gravação e mostrou como o estúdio poderia ser usado como um instrumento.
Coube a ele materializar as ideias cada vez mais avançadas da banda, através de edições de fitas, uso de gravações ao contrário ou conseguir sons que soassem como "uma centena de monges tibetanos entoando cânticos" (em "Tomorrow Never Knows") ou um som que fosse "do silêncio absoluto ao infinito" (em "A Day In The Life").
Martin foi um grande responsável por elevar o crédito dado aos produtores - antes dele, quase sempre vistos como meros funcionários da gravadora, com salários fixos e sem direto a royalties sobre suas gravações.
Curiosamente, com o fim dos Beatles, em 1970, Martin, que antes tinha feito fama por gravar discos de humor, raramente produziu outros discos que possam ser chamados de clássicos. A dobradinha "Blow By Blow" (1975)/"Wired" (1976) do guitarrista Jeff Beck merece destaque.
Igualmente dignas de nota, são duas das vezes em que ele voltou a trabalhar com McCartney - no single "Live And Let Die" de 1973 e no álbum "Tug of War" de 1982.
Ouça "A Day In The Life" com os Beatles