A segunda semana do Rock in Rio concentra as atrações de fato roqueiras do festival, depois de três dias mais voltados ao pop. O grande nomes dessa quinta é o Aerosmith, mas também vale a pena prestar atenção no Def Leppard e em Alice Cooper (esse no Palco Sunset) - todos com várias décadas de estrada e ainda mostrando serviço.
A banda de Steven Tyler e Joe Perry já frequenta o Brasil com certa frequência desde 1994, quando tocaram no primeiro Hollywood Rock. Assim, quem já viu a banda já sabe mais ou menos o que esperar: um show focado mais nos sucessos conquistados a partir do final da década de 80, quando a banda renasceu comercialmente e renovou seu público, com alguns acenos à década de 70.
Covers de Fleetwood Mac (da primeira fase da banda, mais voltada ao blues) e a versão deles para "Come Together" dos Beatles também devem ser tocadas.
Apesar de certa "onipresença" em nossos palcos, vale lembrar que quinteto não esteve no Rio de Janeiro em sua última passagem pelo Brasil no ano passado e que essa será a estreia deles no Rock in Rio.
O concerto também faz parte de uma suposta "turnê de despedida". Ainda que a cautela deva ser adotada nessas horas, o fato é que todos os seus integrantes já estão na faixa dos 65 anos, ou seja, uma despedida definitiva de fato não deve tardar a ocorrer.
32 anos depois, uma das bandas chave da New Wave Of British Heavy Metal, finalmente tocará no Rock in Rio. O quinteto estava escalado para se apresentar na primeira edição do festival em 1985 mas optou por não vir ao Rio, poucos meses antes do show.
Nos anos que se passaram, a ideia de que o concerto foi cancelado depois que o baterista Rick Allen perdeu seu braço em um acidente automobilístico no última dia de 1984 foi bastante difundida.
O fato é que eles já haviam decidido não vir ao Rio desde novembro para poderem se dedicar ao novo álbum. "Hysteria" (o tal novo disco) só foi chegar às lojas em 1987 e se tornou um dos álbuns mais vendidos da história, com os shows atuais servindo para marcar os seus trinta anos de lançamento.
O Leppard esteve apenas uma vez no país. Foi em 1997, quando encararam locais com pouca lotação e shows cancelados pela baixa venda de ingressos. Uma situação que não se repetirá desta vez já que eles tocarão para dezenas de milhares de pessoas no Rock in Rio - e também em São Paulo e Porto Alegre.
A banda surgida no início da década passada, no auge das explosões do pop punk e do emo, adicionou novos elementos em seu som e chega ao Brasil para mostrar um pouco dessa evolução.
Quando topou vir ao Rio no ano passado, substituindo Billy Idol, o quarteto imaginou que estaria fazendo aqui um dos primeiros shows de lançamento do álbum "Mania", o novo disco que tinha lançamento previsto para 15 de setembro.
Como a banda não considerou o trabalho pronto e adiou o lançamento para janeiro do ano que vem, o concerto agora se torna uma espécie de "descanso estratégico" antes deles voltarem a se debruçar sobre o material.
Os brasilienses sobem ao palco com a missão de representar o novo rock brasileiro no Palco Mundo - que esse ano, tirando eles, só tem artistas e bandas daqui com décadas de estrada. O quarteto, com influências do lado mais pesado do rock alternativo das décadas de 90 e 2000, terá que ganhar o público com um repertório não muito conhecido.
Por outro lado, um show bom em um festival deste porte também poderá ajudar a expandir a audiência do quarteto e a provar para a organização que temos artistas mais novos com condições de encararem um palco com a estrutura e peso histórico do principal do Rock in Rio.
Palco Sunset A programação do palco secundário do Rock in Rio tem hoje uma de suas melhores programações, de fato que vale a pena chegar na Cidade do Rock, ou acompanhar a transmissão, desde cedo. Às 15h05 a cantora Ana Cañas, uma das mais interessantes entre as surgidas nos últimos anos, mostra a sua música inspirada na fase mais roqueira de Rita Lee e ainda chama Hyldon, o grande mestre do soul brasileiro para relembrar com ela clássicos como "Na Rua, na Chuva, na Fazenda (Casinha de Sapê)".
Logo depois, às 16h30, o pouco conhecido Tyler Bryant mostrará seu blues rock ao lado de sua banda de apoio, o The Shakedown em substituição os Pretty Reckless que cancelaram a sua participação no festival. O show também cria um clima família para o dia, já que o guitarrista deles, Graham Whitford, é filho do guitarrista do Aerosmith Brad Whitford.
Logo depois, é a vez do duo indie The Kills, da vocalista Alison Mosshart (ao lado) fazer um show que promete ser um dos mais legais desse Rock in Rio. Fique de olho!
O último show do Sunset também é absolutamente imperdível. Afinal quem subirá ao palco é uma verdadeira lenda do rock: o grande Alice Cooper (à direita), que há dois anos esteve no RiR com os Hollywood Vampires.
A banda surgida no início da década passada, no auge das explosões do pop punk e do emo, adicionou novos elementos em seu som e chega ao Brasil para mostrar um pouco dessa evolução.
Logo depois, às 16h30, o pouco conhecido Tyler Bryant mostrará seu blues rock ao lado de sua banda de apoio, o The Shakedown em substituição os Pretty Reckless que cancelaram a sua participação no festival. O show também cria um clima família para o dia, já que o guitarrista deles, Graham Whitford, é filho do guitarrista do Aerosmith Brad Whitford.
O último show do Sunset também é absolutamente imperdível. Afinal quem subirá ao palco é uma verdadeira lenda do rock: o grande Alice Cooper (à direita), que há dois anos esteve no RiR com os Hollywood Vampires.
