A cantora e compositora Dona Ivone Lara morreu na noite desta segunda-feira (16) aos 97 anos no Rio de Janeiro. A "Grande Dama do Samba", como era chamada, foi vítima de insuficiência cardiorrespiratória. A artista estava no hospital desde a sexta-feira passada (13, data de seu aniversário) na CTI da Coordenação de Emergência Regional do Leblon no Rio de Janeiro. O velório acontece hoje na na quadra da escola de samba Império Serrano, a agremiação do coração da artista.
Ivone Lara, nascida Yvonne Lara da Costa em 1921, começou cedo na música - aos 12 anos já tinha escrito a primeira canção, "Tiê", que ela seguiu cantando pelas décadas seguintes. Como cantora ela só veio a gravar bem mais tarde - em 1970, quando participou do disco coletivo "Sambão 70" (que também tinha as presenças de Clementina de Jesus e Roberto Ribeiro).
O primeiro disco solo, "Samba minha verdade, minha raiz", saiu em 1974. O sucesso de massas viria quatro anos depois, quando "Sonho Meu, composição dela e de Delcio Carvalho, foi gravada por Maria Bethânia em dueto com Gal Costa e se tornou uma das canções mais emblemáticas da nossa música.
Lara também ajudou a abrir caminhos: foi a primeira mulher a emplacar um samba-enredo em uma escola de grande porte - em 1965 no Império Serrano, agremiação que a transformou em enredo 47 anos mais tarde e mostrou que o papel da mulher no samba não deveria se prender a estereótipos.
Fora da música, ela também teve destaque. Em uma época em que ainda era raro que uma mulher negra chegasse à universidade, Dona Ivone era formada em em Enfermagem e Serviço Social, e tinha especialização em Terapia Ocupacional - tendo trabalhado com a dra. Nise da Silveira - que revolucionou o tratamento psiquiátrico no Brasil. Até 1977 ela se dedicou à profissão, só passando a se dedicar integralmente à carreira artística depois que se aposentou.
Ouça Dona Ivone Lara cantando "Sonho Meu" com Beth Carvalho:
Ivone Lara, nascida Yvonne Lara da Costa em 1921, começou cedo na música - aos 12 anos já tinha escrito a primeira canção, "Tiê", que ela seguiu cantando pelas décadas seguintes. Como cantora ela só veio a gravar bem mais tarde - em 1970, quando participou do disco coletivo "Sambão 70" (que também tinha as presenças de Clementina de Jesus e Roberto Ribeiro).
O primeiro disco solo, "Samba minha verdade, minha raiz", saiu em 1974. O sucesso de massas viria quatro anos depois, quando "Sonho Meu, composição dela e de Delcio Carvalho, foi gravada por Maria Bethânia em dueto com Gal Costa e se tornou uma das canções mais emblemáticas da nossa música.
Lara também ajudou a abrir caminhos: foi a primeira mulher a emplacar um samba-enredo em uma escola de grande porte - em 1965 no Império Serrano, agremiação que a transformou em enredo 47 anos mais tarde e mostrou que o papel da mulher no samba não deveria se prender a estereótipos.
Fora da música, ela também teve destaque. Em uma época em que ainda era raro que uma mulher negra chegasse à universidade, Dona Ivone era formada em em Enfermagem e Serviço Social, e tinha especialização em Terapia Ocupacional - tendo trabalhado com a dra. Nise da Silveira - que revolucionou o tratamento psiquiátrico no Brasil. Até 1977 ela se dedicou à profissão, só passando a se dedicar integralmente à carreira artística depois que se aposentou.
Ouça Dona Ivone Lara cantando "Sonho Meu" com Beth Carvalho: