A atriz e cantora Doris Day morreu hoje (13) aos 97 anos. Verdadeiro símbolo da Hollywood dos anos 50 e 60, ela estava aposentada desde 1989, depois de ter trabalhado por 50 anos. Uma complicação causadas por uma pneumonia foi a causa da morte segundo anúncio feito pela "Doris Day Animal Foundation".
Day começou a cantar em 1939 acompanhando Big Bands como a de Les Brown. Seu primeiro grande sucesso foi a interpretação de "Sentimental Journey" de 1945 e que se tornou o primeiro de seus cinco "números 1" na parada americana.
No cinema, ela acabou estigmatizada por fazer o papel de virgem inocente em uma série de comédias que fizeram muito sucesso com o público da época mas não com os críticos. Essa fama de "virginal" e "namoradinha da América" acabou perseguindo-a. Os papéis pararam de chegar com o avanço dos liberais anos 60 e em 1968 ela fez seu último desempenho no cinema em "Tem um Homem na Cama da Mamãe". Como lembra Ruy Castro no ótimo perfil escrito sobre ela em "Saudades do Século 20" (1994), tudo poderia ter sido diferente se ela tivesse aceitado o papel de Mrs Robinson em "A Primeira Noite de um Homem" (a parte acabou com Anne Bancroft).
Day também trabalhou em filmes que se tornaram clássicos do cinema. O maior deles certamente é a versão americana de "O Homem que Sabia Demais" de Alfred Hitchcock (1956), onde ela cantou a música que ficaria eternamente associada à sua pessoa: "Que Sera Sera (Whatever Will Be, Will Be)" que ganhou o Oscar de canção original.
O final dos anos 60 e a década de 70 não foram fáceis para ela. Uma época que envolveu a descoberta de que estava falida - ela processou seu antigo advogado e conseguiu uma indenização milionária - que a forçaram a trabalhar em seriados televisivos. Para complicar, ela ainda viu seu filho, o cultuado produtor Terry Melcher (1942-2004), enfrentar sérios problemas. Primeiro, o jovem se viu envolvido na seita assassina de Charles Manson - ele foi uma das testemunhas de acusação do caso, quando o serial killer foi julgado, e passou a temer por sua vida - e depois ficar entre a a vida e a morte após sofrer um gravíssimo acidente de motocicleta.
Mas a vida ainda lhe reservaria algumas surpresas. Ela passou a se dedicar à causa da preservação dos animais, criando uma ONG e participando ativamente de suas atividades, encontrando ali uma atividade que lhe reenergizava. Décadas depois, Doris Day ainda veria seu álbum "My Heart" (gravado nos anos 80, mas lançado apenas em 2011) chegar em nono lugar na parada do Reino Unido. Nessa época, ela já estava com 89 anos - o que fez dela, a pessoa de maior maior idade a chegar ao top 10 britânico com um trabalho de material inédito.
Ouça "Que Sera Sera (Whatever Will Be, Will Be)"
Day começou a cantar em 1939 acompanhando Big Bands como a de Les Brown. Seu primeiro grande sucesso foi a interpretação de "Sentimental Journey" de 1945 e que se tornou o primeiro de seus cinco "números 1" na parada americana.
No cinema, ela acabou estigmatizada por fazer o papel de virgem inocente em uma série de comédias que fizeram muito sucesso com o público da época mas não com os críticos. Essa fama de "virginal" e "namoradinha da América" acabou perseguindo-a. Os papéis pararam de chegar com o avanço dos liberais anos 60 e em 1968 ela fez seu último desempenho no cinema em "Tem um Homem na Cama da Mamãe". Como lembra Ruy Castro no ótimo perfil escrito sobre ela em "Saudades do Século 20" (1994), tudo poderia ter sido diferente se ela tivesse aceitado o papel de Mrs Robinson em "A Primeira Noite de um Homem" (a parte acabou com Anne Bancroft).
Day também trabalhou em filmes que se tornaram clássicos do cinema. O maior deles certamente é a versão americana de "O Homem que Sabia Demais" de Alfred Hitchcock (1956), onde ela cantou a música que ficaria eternamente associada à sua pessoa: "Que Sera Sera (Whatever Will Be, Will Be)" que ganhou o Oscar de canção original.
O final dos anos 60 e a década de 70 não foram fáceis para ela. Uma época que envolveu a descoberta de que estava falida - ela processou seu antigo advogado e conseguiu uma indenização milionária - que a forçaram a trabalhar em seriados televisivos. Para complicar, ela ainda viu seu filho, o cultuado produtor Terry Melcher (1942-2004), enfrentar sérios problemas. Primeiro, o jovem se viu envolvido na seita assassina de Charles Manson - ele foi uma das testemunhas de acusação do caso, quando o serial killer foi julgado, e passou a temer por sua vida - e depois ficar entre a a vida e a morte após sofrer um gravíssimo acidente de motocicleta.
Mas a vida ainda lhe reservaria algumas surpresas. Ela passou a se dedicar à causa da preservação dos animais, criando uma ONG e participando ativamente de suas atividades, encontrando ali uma atividade que lhe reenergizava. Décadas depois, Doris Day ainda veria seu álbum "My Heart" (gravado nos anos 80, mas lançado apenas em 2011) chegar em nono lugar na parada do Reino Unido. Nessa época, ela já estava com 89 anos - o que fez dela, a pessoa de maior maior idade a chegar ao top 10 britânico com um trabalho de material inédito.
Ouça "Que Sera Sera (Whatever Will Be, Will Be)"