Os escoceses do Jesus and Mary Chain fizeram na noite de ontem (27) em São Paulo para um Tropical Butantã bastante cheio, um forte concorrente a um dos grandes shows desse ano no Brasil. Os irmãos Reid voltaram ao país pela quarta vez, depois de vindas em 1990, 2008 e 2014 (a dupla se separou em 1999 e só foi retornar em 2007). Desta vez eles vieram como parte de mais um evento da Popload Gig.
Se os shows de 1990 são daqueles que se tornaram quase que históricos por aqui, eles vieram em uma época em que era raro ver bandas mais alternativas no Brasil, não se pode negar que, as duas outras passagens, ambas em festivais ao ar livre, deixaram um pouco a desejar. Felizmente dessa vez, os Reid, acompanhados de mais três músicos, subiram ao palco dispostos a, literalmente, fazer barulho. E fizeram.
Com um pequeno atraso eles subiram ao palco para mandar 20 músicas sem muito papo, além de um ou outro "obrigado" e momentos de bom humor - "a gente vai tocar mais uma música e sair. Se vocês quiserem mais batam palmas e a gente volta", mandou Jim, antes de uma versão caprichada de "Reverence". A iluminação que só pode ser descrita como psicodélica, e que de propósito deixa os músicos ofuscados, também ajudou a dar o clima certo para a apresentação.
O Jesus and Mary Chain sempre vai sofrer da sina de ter feito o seu álbum definitivo logo de cara. Afinal, "Psychocandy" de 1985 ajudou a dar novas caras ao rock, com sua mistura de rock melodioso, e ultra simples, com camadas e mais camadas de distorção.
Pelos 13 anos seguintes, eles seguiram lançando bons trabalhos, todos variando entre o muito bom e o digno. Mas nenhum deles conseguiu fazer frente para o impacto causado pelo primeiro álbum, que segue como a porta de entrada para o som da banda e também o mais constante, ou único mesmo, a entrar nas listas do tipo "100 discos que você rpecisa ouvir".
Na noite de ontem, os Reid mostraram que podem fazer um grande espetáculo sem precisar se ancorar apenas em "Psychocandy". Para começar, o set teve cinco músicas de "Damage and Joy", o álbum de retorno de 2017. Todas foram bem recebidas e se fundiram bem ao material antigo. Nota-se também "Automatic" de 1989 parece ser um favorito dos irmãos, já que ele cedeu quatro de suas canções para o repertório, incluindo "Head On", mais conhecida na cover dos Pixies. O público contribuiu ao se mostrar animado e conhecedor de todo o repertório.
Mas, é claro, que os momentos de maior emoção foram aqueles em que o disco de 1985 foi rememorado. Foram cinco músicas dele, incluindo "Never Understand", "Taste Of Cindy" e, claro, "Just Like Honey, essa abrindo o bis.
Os cinco deixaram o palco depois de cerca de 90 minutos, provavelmente o máximo de tempo recomendável para deixar os ouvidos expostos sem proteção ao som deles, e mesmo que tenham deixado alguns clássicos de fora,estava nítido no rosto das pessoas, e na fila do merchandising, que a noite tinha mais do que valido a pena.
Se os shows de 1990 são daqueles que se tornaram quase que históricos por aqui, eles vieram em uma época em que era raro ver bandas mais alternativas no Brasil, não se pode negar que, as duas outras passagens, ambas em festivais ao ar livre, deixaram um pouco a desejar. Felizmente dessa vez, os Reid, acompanhados de mais três músicos, subiram ao palco dispostos a, literalmente, fazer barulho. E fizeram.
Com um pequeno atraso eles subiram ao palco para mandar 20 músicas sem muito papo, além de um ou outro "obrigado" e momentos de bom humor - "a gente vai tocar mais uma música e sair. Se vocês quiserem mais batam palmas e a gente volta", mandou Jim, antes de uma versão caprichada de "Reverence". A iluminação que só pode ser descrita como psicodélica, e que de propósito deixa os músicos ofuscados, também ajudou a dar o clima certo para a apresentação.
O Jesus and Mary Chain sempre vai sofrer da sina de ter feito o seu álbum definitivo logo de cara. Afinal, "Psychocandy" de 1985 ajudou a dar novas caras ao rock, com sua mistura de rock melodioso, e ultra simples, com camadas e mais camadas de distorção.
Pelos 13 anos seguintes, eles seguiram lançando bons trabalhos, todos variando entre o muito bom e o digno. Mas nenhum deles conseguiu fazer frente para o impacto causado pelo primeiro álbum, que segue como a porta de entrada para o som da banda e também o mais constante, ou único mesmo, a entrar nas listas do tipo "100 discos que você rpecisa ouvir".
Na noite de ontem, os Reid mostraram que podem fazer um grande espetáculo sem precisar se ancorar apenas em "Psychocandy". Para começar, o set teve cinco músicas de "Damage and Joy", o álbum de retorno de 2017. Todas foram bem recebidas e se fundiram bem ao material antigo. Nota-se também "Automatic" de 1989 parece ser um favorito dos irmãos, já que ele cedeu quatro de suas canções para o repertório, incluindo "Head On", mais conhecida na cover dos Pixies. O público contribuiu ao se mostrar animado e conhecedor de todo o repertório.
Mas, é claro, que os momentos de maior emoção foram aqueles em que o disco de 1985 foi rememorado. Foram cinco músicas dele, incluindo "Never Understand", "Taste Of Cindy" e, claro, "Just Like Honey, essa abrindo o bis.
Os cinco deixaram o palco depois de cerca de 90 minutos, provavelmente o máximo de tempo recomendável para deixar os ouvidos expostos sem proteção ao som deles, e mesmo que tenham deixado alguns clássicos de fora,estava nítido no rosto das pessoas, e na fila do merchandising, que a noite tinha mais do que valido a pena.