Um dos grandes nomes do hip-hop brasileiro, Rael está lançando seu mais novo disco. O artista falou com o Vagalume sobre "Capim-cidreira", um belo trabalho marcado por um clima mais positivista e esperançoso e que se mostra aberto para diversas fusões estilísticas.
O artista fala que a opção por uma sonoridade mais pop e melodiosa foi uma opção consciente. "Eu sempre fiz isso nos meus discos", ele lembra, citando faixas como "Rouxinol", "Envolvidão" ou "Ela Me Faz, "sempre mesclei o rap com outras vertentes, reggae, mpb, afrobeat, samba... e nesse disco eu me permiti fazer um disco inteiro nessa pegada, mas eu já vinha dialogando com um som nessa linha faz tempo."
A influência de afrobeat e outros ritmos africanos, aliás, é uma das boas surpresas do trabalho e mostram que essa aproximação com a música daquele continente não veio por acaso. O rapper esteve recentemente em Luanda, onde fez show dentro de um festival e também gravou o clipe de "Flor de Aruanda", e aproveitou para conhecer o Zimbábue e a Tanzânia. Ainda que não tenha feito muitos contatos com artistas de lá, ele não nega que se influenciou pela música que ouviu durante a viagem.
O disco chega também com duas participações especiais bastante interessantes nas figuras de Thiaguinho e do Melim, ou seja, dois nomes de fora do universo do rap e hip-hop. Com o sambista, Rael já vinha construindo uma história de amizade e respeito mútuo. "O Thiaguinho regravou "Envolvidão", eu participei do show dele e fiz uma participação em "Miopia Ocular". Quando fiz "Beijo B", eu vi que tinha a ver com ele e fiz o convite."
Com o Melim, presentes em "Só Ficou O Cheiro", a história foi um pouco diferente. "Eles me chamaram para fazer uma música juntos, mas não deu para fazer porque eu estava no começo do processo de criação desse disco". O contato entre os dois de qualquer modo já estava feito e a parceria com os irmãos acabou rolando no seu disco. "Eles têm um talento, um jeito de cantar único e tinham tudo a ver com essa música que é bem 'good vibes' e eles são totalmente 'good vibes' né?", conta bem-humorado.
Perguntado sobre a opção por lançar um álbum, ainda que um relativamente curto (são oito músicas e dois remixes), quando muitos artistas andam preferindo lançar singles ou no máximo EPs, Rael diz que construiu uma história e que ela deveria ser contada assim. "Mas cada artista pensa de um jeito e tem a sua estratégia."
Por outro lado, ele diz que nunca lançaria um álbum tão longo como os de Drake ou Post Malone, com 17 músicas ou mais. "Quanto mais músicas, mais plays você tem, mas é também mais grana que você gasta né?", brinca. "E às vezes tem músicas que você quer que as pessoas ouçam e eles podem não escutar nesse montante", conclui.
Ouça o álbum
O artista fala que a opção por uma sonoridade mais pop e melodiosa foi uma opção consciente. "Eu sempre fiz isso nos meus discos", ele lembra, citando faixas como "Rouxinol", "Envolvidão" ou "Ela Me Faz, "sempre mesclei o rap com outras vertentes, reggae, mpb, afrobeat, samba... e nesse disco eu me permiti fazer um disco inteiro nessa pegada, mas eu já vinha dialogando com um som nessa linha faz tempo."
A influência de afrobeat e outros ritmos africanos, aliás, é uma das boas surpresas do trabalho e mostram que essa aproximação com a música daquele continente não veio por acaso. O rapper esteve recentemente em Luanda, onde fez show dentro de um festival e também gravou o clipe de "Flor de Aruanda", e aproveitou para conhecer o Zimbábue e a Tanzânia. Ainda que não tenha feito muitos contatos com artistas de lá, ele não nega que se influenciou pela música que ouviu durante a viagem.
O disco chega também com duas participações especiais bastante interessantes nas figuras de Thiaguinho e do Melim, ou seja, dois nomes de fora do universo do rap e hip-hop. Com o sambista, Rael já vinha construindo uma história de amizade e respeito mútuo. "O Thiaguinho regravou "Envolvidão", eu participei do show dele e fiz uma participação em "Miopia Ocular". Quando fiz "Beijo B", eu vi que tinha a ver com ele e fiz o convite."
Com o Melim, presentes em "Só Ficou O Cheiro", a história foi um pouco diferente. "Eles me chamaram para fazer uma música juntos, mas não deu para fazer porque eu estava no começo do processo de criação desse disco". O contato entre os dois de qualquer modo já estava feito e a parceria com os irmãos acabou rolando no seu disco. "Eles têm um talento, um jeito de cantar único e tinham tudo a ver com essa música que é bem 'good vibes' e eles são totalmente 'good vibes' né?", conta bem-humorado.
Perguntado sobre a opção por lançar um álbum, ainda que um relativamente curto (são oito músicas e dois remixes), quando muitos artistas andam preferindo lançar singles ou no máximo EPs, Rael diz que construiu uma história e que ela deveria ser contada assim. "Mas cada artista pensa de um jeito e tem a sua estratégia."
Por outro lado, ele diz que nunca lançaria um álbum tão longo como os de Drake ou Post Malone, com 17 músicas ou mais. "Quanto mais músicas, mais plays você tem, mas é também mais grana que você gasta né?", brinca. "E às vezes tem músicas que você quer que as pessoas ouçam e eles podem não escutar nesse montante", conclui.
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